Depois de uma primeira edição de muito sucesso, o regresso do Prio Softboard Heroes num dos dias mais quentes do verão não desiludiu, mantendo o estatuto de campeonato mais good vibes do ano. Esta iniciativa da ReAct Sports Management, de Tiago Pires e Salvador Stilwell, que contou com a presença da PRIO Energy, Câmara Municipal Torres Vedras, Noah Surf House, Corona, OESTE Portugal como patrocinadores, foi um sucesso a todos os níveis! Descobre porquê…

Um evento amigo do ambiente!
Não é fácil fazer eventos sem uma pegada ecológica considerável mas o Prio Softboard Heroes ficou bem perto. Com um approach muito focado numa experiência agradável na praia e sem grande aparato, a preocupação com o ambiente era visível e foi muito bem concretizada.
Algumas das iniciativas mais notáveis foram as seguintes:
– Reutilização do leaderboard de madeira do ano passado com animações/grafismos pintados manualmente a pincel com recurso a tintas acrílicas à base de água;
– Estrutura feita 100% à base de canas, vegetação e madeiras reutilizáveis;
– Corta-ventos eram lençóis previamente utilizados pelas unidades hoteleiras Noah Surf House/Areias do Seixo e adaptados com cortes e costura para aplicação na tenta/recinto consoante as dimensões previamente designadas.
Um exemplo a seguir…

Os convidados…
Mais uma vez os 16 surfistas, divididos entre as categorias “Friends”, “Ladies”, “Juniors” e Pros, foram escolhidos a dedo e não desiludiram. Boa vibe e camaradagem foi o mote do dia, fazendo deste “encontro” um dia muito memorável para todos os que estiveram presentes. Apesar de cada categoria ter as suas particularidades, todos tinham uma forte ligação, a paixão pelo surf e a vontade de estarem presentes, a conviver, fazer umas ondas e contribuir para as associações que estavam a representar.

As ondas e as pranchas…
No início do dia, com a maré um pouco cheia ainda, temeu-se que as ondas não tivessem à altura da expectativa mas assim que a prova começou as ondas apareceram. Boas esquerdas e direitas de meio metro acabaram por ser as condições ideais para este evento e com um vasto quiver à disposição, que incluía softboards Catch Surf, JS, Flowt, Ocean & Earth, Softdog Surf, Softech e Zeus, muitas vezes o maior desafio parecia ser a escolha de “veículo”, entre as mais performance e as mais fun. Alguns dos convidados optaram inclusivamente por mudar de prancha durante o heat, algo que se enquadrava bem com o estilo do evento mais about fun que o resultado individual.

A acção na água não desiludiu…
Apesar de foco ser a diversão, viu-se muito bom surf e alguns heats foram tão competitivos que lembraram alguns momentos do circuito nacional. Primeiro na água estiveram os confrontos “todos contra todos”, os heats que defrontavam Friends, Ladies, Juniors e Pros. Logo no primeiro heat João Roque Pinho representou bem os Juniors e venceu com um surf bem afiado, enquanto que Lee-Ann Curren, ex-top do CT e filha do mítico Tom Curren, mostrou muito estilo em cima da sua softboard para derrotar Tomás Fernandes e Afonso Lopes. Depois foi a vez do líder do circuito nacional, Guilherme Ribeiro manter o domínio dos Juniors, vencendo uma disputa apertada com Luís Perloiro, eliminando a ex-campeã nacional, Carina Duarte, e Francisco Spínola. O “streak” dos Juniors chegou ao fim com a vitória no heat seguinte de um muito inspirado Gony Zubizarreta, que pareceu estar bem habitado a surfar de softboard, mas Martim Nunes não desiludiu, garantindo o segundo lugar à frente de Maria Salgado e Manel Sá Pessoa. Para fechar os quartos de final Guilherme Fonseca disputou taco a taco o primeiro lugar com João Mendonça, acabando na frente, enquanto que Carolina Santos e Pedro Lamy foram eliminados.

João Roque Pinho

As meias finais também foram muito disputadas, qualificando para a final Martim Nunes, Gony Zubizarreta, Guilherme Ribeiro e Luís Perloiro. Depois de 30 minutos em que a acção na água não parou, era difícil de adivinhar o vencedor já que todos tiveram bons momentos mas, contas feitas, foi Martim Nunes, o actual campeão nacional de sub20, quem atacou melhor as secções mais verticais que encontrou, garantindo o primeiro lugar, com Guilherme Ribeiro em segundo, Luís Perloiro em terceiro e Gony Zubizarreta em quarto.

Martim Nunes

A final dos Friends também não desiludiu. Desde Pedro Lamy, que é surfista de longa data e bom conhecedor das ondas de Santa Cruz, a Manel Sá Pessoa, que já conta os seus anos de surf em décadas, a Afonso Lopes, surfista de segunda geração numa família muito chegada ao nosso desporto e que é companhia regular no line up de surfistas como Tomás Fernandes, Kanoa Igarashi e Vasco Ribeiro, não esquecendo Francisco Spínola que, antes de ser empresário/Director Geral da WSL para a Europa, era competidor assíduo com direito a algumas vitórias em campeonatos. Lamy não conseguiu transformar a sua velocidade no asfalto em pontos nesta final, terminando em quarto lugar, e também Sá Pessoa teve os seus momentos mas a vitória foi disputada entre Afonso e Francisco. Spínola começou forte e Lopes quase virou o resultado a seu favor perto do fim, mas, contas feitas, foi o homem da WSL que garantiu mais uma vitória.

Os Juniors também mostraram muito à vontade nas “softs” e, curiosamente, o vencedor da final “todos contra todos”, Martim Nunes, acabou em quarto lugar, enquanto que Guilherme Ribeiro ficou com a vitória, seguido de João Roque Pinho e João Mendonça.

Guilherme Ribeiro

As Ladies não desiludiram, e foi o incrível estilo de Lee-Ann Curren, que fez a diferença, acabando com a vitória. Também Carina Duarte (2ª classificada) surfou muito, e o mesmo se pode dizer de Maria Salgado, a mais jovem surfista em prova (3ª classificada) e de Carolina Santos, (4ª classificada) que também mostrou muito bom surf ao longo de toda a final.

A acção na água terminou com a final dos Pros, mais um confronto muito divertido de assistir e extremamente competitivo, lembrando uma final da Liga não só pelos surfistas que estavam na água mas pelo surf que apresentaram. No final foi Gony Zubizarreta quem levou a melhor, encaixando várias manobras nas direitas mais compridas que encontrou. Tomás Fernandes, que tinha perdido cedo no evento “todos contra todos”, também mostrou muito flow e ficou perto da vitória, acabando em segundo lugar enquanto que Guilherme Fonseca não ficou muito atrás e Luís Perloiro, que optou por surfar com uma prancha menos performance mas também teve bons momentos, ficou em quarto.

A parte da água acabou mas o Prio Softboard Heroes continuou pela noite fora, com uma grande afterparty na Noah Beach House que teve direito a live performances de Zé Ferreira, Lee-Ann Curren e Stkman. Mas antes disso houve a entrega de prémios e as grandes vencedoras foram as instituições. A equipa vencedora conseguiu atribuir à Just a Change um total de 4.000 euros e, imediatamente a seguir, a APECI arrecadou 3.325 euros. Em terceiro lugar, a Operação Nariz Vermelho ganhou 2.825 euros e em quarto lugar foi entregue à Associação Salvador um montante de 2.350 euros. (Mais informações AQUI)

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