Haverá algo melhor, para um organizador, que fechar uma prova com ondas perfeitas? Foi o que se passou com o “combo” de eventos realizados recentemente em Cascais, o Cascais Women’s Pro e o EDP Billabong Pro Cascais.
Ambas as provas, apesar de contarem para rankings e categorias diferentes, aconteceram numa fase critíca do ano e o seu impacto terá influência na disputa do título mundial feminino e na qualificação para o Championship Tour masculino.
Começando com a prova feminina, esta que foi a oitava etapa do circuito destacou quatro surfistas australianas. A mais óbvia foi Sally Fitzgibbons que, mesmo sem ter vencido, ganhou algum terreno sobre a número 2 do ranking, Courtney Conlogue e segue para França com uma liderança mais sólida. Nikki Van Dijk, foi destaque por ter conseguido a primeira vitória da sua carreira, algo que era merecido há algum tempo.
O destaque pela negativa cai sobre Tyler Wright e Stephanie Gilmore. A primeira lesionou-se numa sessão de free surf, foi eliminada por Teresa Bonvalot e retirou-se do circuito por 2017 para recuperar e da disputa pelo título. O mesmo se pode dizer de Gilmore, que começou o ano com uma vitória, seguiu-a com 3 resultados sólidos e a partir daí “descarrilou”. O seu 13º lugar em Portugal deixou-a definitivamente fora da disputa.
Entre os homens o ranking de qualificação mexeu mais ainda. Kanoa Igarashi só subiu um lugar com o seu 3º posto mas colocou-se muito mais perto do líder do ranking, Jesse Mendes. Tendo em conta que ainda tem duas etapas de pontuação baixa para substituir é possível assumir que com uma campanha havaiana forte poderá passar os 25.400 pontos de Mendes.
Igarashi fica seguro para o CT de 2018 enquanto que outros, como William Cardoso, Tomas Hermes, Keanu Asing e Griffin Colapinto ainda não estão certos mas melhoraram drasticamente as suas posições.
Também o vencedor, Ezekiel Lau, que se encontra fora da “bolha de qualificação” no Championship Tour, melhorou em muito a sua “causa” e com facilidade entrará no top10.
Frederico Morais pontuou forte e encontra-se na 13º posição do ranking e mesmo com uma temporada havaiana “mediana” poderá entrar nos 10 primeiros e ser o único “double qualifier” do grupo.
Infelizmente a prova em geral não foi boa para os lusos, tirando Morais, e Vasco Ribeiro acabou por cair 8 posições. O surfista da Poça ainda se encontra ao alcance do top10 mas as oportunidades começam a diminuir drasticamente, o que significa que chegará ao Havai a precisar de grandes resultados.
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