A decisão de atribuição de wildcards de temporada na WSL sempre foi motivo de alguma polémica, principalmente quando há mais candidatos que vagas.

Esta questão vem desde, pelo menos, a temporada de 2001, quando Rob Machado perdeu a sua vaga no tour e acabou por não tentar recuperar a sua posição na elite do surf mundial via QS. Mas foi em 2018, quando John John Florence, Kelly Slater e Caio Ibelli disputaram as duas vagas no circuito de 2019 que mais se questionou sobre os critérios de selecção para estas vagas.

A história repetiu-se para 2020, quando Adriano de Souza garantiu a primeira enquanto que Mikey Wright e Leonardo Fioravanti apresentavam legitimidade semelhante para a segunda vaga. Evitando mais polémica a WSL optou por atribuir vagas a ambos na perna australiana e, no final, quem estivesse à frente (entre os dois) ficava com a vaga para o resto do ano.

Até que entrámos em 2020 e o mundo como nós conhecíamos “virou-se do avesso” e, entre muitos outros acontecimentos muito mais graves, o tour ficou em stand by até Dezembro. Chegado o início do circuito de 2021, com uma etapa em Pipeline a ser realizada ainda em 2020, e o problema persiste, Mikey Wright e Leonardo Fioravanti continuam a ter que disputar uma vaga e o circuito arranca precisamente no local onde há mais pressão para colocar surfistas locais em prova, o Havai. A resolução para este problema foi uma disputa em surf-offs durante o Pipe Invitational, três para ser mais preciso, onde o melhor de dois ganha a vaga para o resto do ano.

Será um dia com muito em jogo para estes dois surfistas, que se conhecem desde muito pequenos por terem feito parte do mesmo programa de groms dos seus patrocinadores. Nenhum dos dois tem um bom historial em Pipe, sendo que Mikey nunca chegou a competir numa prova CT nesse local e Leonardo apenas o fez duas vezes, tendo um 9º lugar como o seu melhor resultado.

Uma “batalha” que promete…

 

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