Alguém tem dúvidas sobre quem será a melhor surfista portuguesa da actualidade? 2013 foi o ano em que Carina Duarte provou que, mesmo sem conseguir dar o seu 100% em todas as etapas, é quem domina o surf feminino no nosso país. O título da Liga Moche foi apenas a cereja no topo do bolo numa época em que, apesar da quase total ausência de apoios, concretizou todos os seus objectivos. A ONFIRE quis saber um pouco mais sobre o momento que atravessa e o que devemos esperar desta grande surfista em 2014!
Carina conseguiste este ano o teu segundo título da Liga Moche, como te sentes?
Sinto-me bem porque tive a recompensa de um ano de muito trabalho!
Quais foram as principais diferenças entre o primeiro e segundo título?
No primeiro titulo só houve três provas porque a última foi cancelada e como estava em primeiro no ranking ganhei o título. No segundo, apesar de a última prova não ter corrido bem, nem as duas primeiras, consegui recuperar e ganhar pontos suficientes para vencer!
Quem eram as tuas adversárias no primeiro e no segundo?
No primeiro título eram a Joana Rocha e a Francisca Santos e no segundo foram a Teresa Bonvalot, Camilla Kemp. É claro que as outras atletas também dificultaram, mas estes nomes são as que podiam tirar o título.
Quais eram os teus objectivos para este ano e quais são os do ano que vem?
Este ano consegui cumprir com a maioria dos objectivos pois fui campeã nacional e fiquei no top 5 do Pro-Junior Europeu. No próximo ano vou focar-me mais no Pro-Junior Europeu pois é o meu último ano e quero ficar no top2, para ser apurada para o mundial. A nível de WQS ainda não planeei porque não tenho patrocínio.
Quais são os patrocínios que ainda tens e o que precisas de uma marca para dar seguimento ao trabalho que tens feito até aqui?
A Moche e a Boardculture são as únicas marcas que continuam a acreditar em mim! Para poder continuar a representar Portugal e atingir os objectivos é preciso dinheiro, fazer o circuito europeu e WQS torna-se muito difícil e seria necessário a ajuda de mais alguns apoios. Os treinos estão a ser suportados pelos meus pais mas não posso pedir muito mais, graças a eles posso continuar a lutar mesmo com poucos apoios.
Quais são os outros resultados que destacas este ano?
Este ano, apesar do mau começo, tirei resultados que me deixaram muito contente! Como no primeiro campeonato Pro-Junior Europeu do ano ter chegado à minha primeira final e também ter ficado em 13º no WQS em Hossegor, onde havia atletas do WCT.
Actualmente estás sem patrocínios a que achas que se deve esse facto?
Crise!! São poucos os que acreditam em melhoras por isso todos querem guardar o pouco que têm!
Há perspectivas de melhorar a tua situação para 2014?
Ainda não sei, continuo à procura de ajuda!
Para terminar, na tua opinião é possível ser surfista profissional em Portugal?
Neste momento, não! Os apoios desapareceram e assim é difícil competir nos WQS e os primeiros campeonatos do ano são na Austrália. Por muito que se treine se não podermos por em prática não vale muito.
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