Como em qualquer desporto e qualquer mercado, há marcas que aparecem e ao fim de alguns anos desaparecem. No entanto, algumas chegam a atingir um patamar de sucesso a dada altura que parece impensável que poucos anos depois acabem. Fica a conhecer 5 marcas que foram muito expressivas no mercado português mas que eventualmente desapareceram.

 

GUL Wetsuits
Será que alguma vez uma marca de fatos foi tão dominante no nosso país como a Gul no início dos anos 90? Era claramente o fato mais visto na água e uma das opções mais baratas do mercado. No início da década havia também os fatos OTW e Waterline, feitos em Portugal, e ainda Reef, Victory, Aleeda, Wavelength (que chegou ao mercado um pouco mais tarde), O’Neill, Rip Curl e pouco mais. Em alguns pólos espalhados pelo país, como Peniche, onde a Waterline e Rip Curl estavam estabelecidas, Reef Wetsuits em algumas zonas da Linha do Estoril e, por exemplo, Aleeda em Carcavelos, outras marcas faziam “mancha” na água, mas o mais vulgar era de longe os vermelhos, verdes e laranjas “berrantes” da Gul. Ajudava o fato de serem representados pela mesma empresa que tinha a maior cadeia de lojas de surf no país, a Windsurf Guincho, o que garantia quantidade, visibilidade e bom preço no hora de escolher um fato novo mas, como muitas outras, acabou vítima de um mercado que se tornou mais competitivo ao longo da década. A marca inglesa continuou a melhorar o seu produto e a investir em patrocinados, mas acabou por perder a “batalha” e hoje em dia, apesar de ainda estarem disponíveis em Portugal, os fatos Gul raramente são avistados nos nossos line ups.

 

 

Town & Country
A marca havaiana Town & Country Surf Designs chegou a estar na moda em Portugal, principalmente devido ao seu icónico logótipo e ao design das t-shirts, que faziam muito sucesso num target bastante jovem de surfistas e não só. Em Portugal a marca chegou a ter uma equipa muito forte onde se incluía Hugo Zagalo, João Macedo e um ainda muito jovem António Silva. O forte da marca sempre foi as pranchas, que foram usadas por muitos dos melhores surfistas do mundo durante décadas, garantindo uma notoriedade que garantia vendas um pouco por todo o lado. Mas, como muitas outras, teve dificuldade a acompanhar outros players em maior ascensão e acabou por se ver um passo atrás, voltando a colocar todo o foco na fabricação de pranchas e nas lojas próprias no Havai, baixando drasticamente o foco no têxtil. Recentemente anunciaram que iam voltar a apostar na sua linha de roupa, mas ainda está longe de volta a ter a expressão que chegou a ter durante os anos 90.

 

 

Mais marcas expressivas que desapareceram do mercado português em breve…

Comentários

2 comentários a “5 marcas expressivas que desapareceram do mercado português | Parte 2”

  1. Pedro diz:

    Bom Dia
    TC continua com muita força no Hawai, com vários tops mundiais no Team como Billy Kemper e Brisa Hennessy, mesmo o próprio Kikas usa no Hawai Pranchas TC shapeadas pelo Pang. Na Europa está baseada em Hossegor com uma loja na Zone Artisanal, o representante é o ex CEO da Rip Curl Wilco Prins, e tem como backshaper o Cabianca. A linha de roupa é de altíssima qualidade mas posicionada para um mercado alto. Talvez a falta de cultura de surf Portuguesa, e a media local com uma visão muito regional e com bastante falta de criatividade faz com que escrevam artigos fracos como este.
    Pedro

    • Bom dia Pedro.
      Se reparar o artigo relata marcas que foram expressivas EM PORTUGAL mas que o deixaram de ser, mantendo-se fortes em outros países. É o que se passa com a linha de roupa da T&C, que já teve o seu espaço em Portugal mas que praticamente desapareceu, ao contrário das pranchas, que sempre foram o forte desta marca e continuam a ter o seu espaço. Em momento nenhum foi colado eu causa a qualidade do produto ou o seu mercado. O mesmo se passa com o resto das marcas que falamos neste artigo, Redley, Gul, REEF Wetsuits, que continua com a sua expressão fora da nossa região. Aconselhamos uma nova leitura a este artigo, com mais calma. Aproveita e vê o vídeo também (:
      Boas ondas,
      OF