It’s not over over till the fat lady sings“, diz o velho ditado e, finalmente, a senhora cantou e o circuito mundial está oficialmente fechado por 2018. Chegou então a hora de se definir algo muito esperado, os wildcards para o ano todo e, como já se esperava, estes foram atribuídos a John John Florence e Kelly Slater.

De fora ficou Caio Ibelli, que surge como primeiro replacement surfer, uma posição que lhe garante vagas sempre que algum outro competidor se encontre ausente das provas. Os critérios na atribuição destas vagas foram respeitados mas Caio não concordou a decisão e fez o seguinte comentário via instagram: “Hoje a WSL comunicou que os Injury Wildcards do ano que vem serão Kelly Slater e JJ Florence. Sinceramente, não concordo com a decisão, Kelly usou e abusou. Foi pra Fiji (com) 20 pés durante o evento de Keramas, ficou em 3° na piscina e não foi pra França na próxima semana. Fora que esse é o 2° ano consecutivo que ele usa essa mesma vaga. Será justo?

De facto Ibelli pode ter alguma razão pois Slater poderá ter manipulado um pouco a informação que passou de modo a fazer os eventos que quis fazer e manter a legitimidade de merecer a vaga. O que é certo é que a nível mediático Kelly está numa liga muito própria, como se pode observar sempre que o o 11x campeão mundial competiu durante o recente Pipe Masters, algo que também poderá ter sido um factor nesta decisão mas que já não se enquadra a nível de “verdade desportiva”.

A boa notícia da comunicação recente da WSL é a presença de Frederico Morais como segundo replacement surfer, seguido de Ethan Ewing. Isso quer dizer que se dois competidores se lesionarem ou se ausentarem dos eventos por alguma razão, o português terá vaga na prova. Apesar de ter ficado fora do top22, Morais mostrou-se bastante positivo em relação a este ano e ao que se segue, comentando o seguinte (também) via instagram: ”
Gostei deste ano… eu sei que pode ser estranho, mas gostei!
Gostei porque gosto de aprender.
Gostei porque gosto de desafios.
Gostei porque percebi o que devo fazer e o que devo fazer mais ainda!
Podia ter gostado mais se tivesse tido uma décima para cima neste e naquele heat, gostava mais se tivesse saído do tubo naquela último onda do ano… mas foi positivo.
Escolhi ser atleta e um atleta vive do treino, do esforço, de sair da zona de conforto… e é aí que me sinto em casa.
Vou voltar, mais forte, mais concentrado, mais competitivo e acima de tudo mais feliz, porque esta foi a vida que escolhi e isto é o que me faz acordar!
Começa hoje a época de 2019 e estão todos convidados para fazerem parte deste próximo capítulo.
Obrigado por 2018… venha 2019 que a vontade é muita!❤
#backto2
5″

No tour feminino também houve menos vagas que lesionadas e foi Tyler Wright quem se garantiu no tour de 2019, com Keely Andrew e Sage Erickson como replacement surfers.

O tour arranca novamente em Abril, entre os dias 3 e 13, na Gold Coast da Austrália.

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