No fim de 2015, Owen Wright estava na disputa pelo título mundial mas uma lesão tirou-lhe as hipóteses…

O australiano tinha sido um dos destaques nos dias mais pesados em Pipeline, mas uma onda mais pesada deitou tudo a perder. Num wipeout assutador, Owen fez uma contusão, algo de que ainda hoje, quase 8 meses mais tarde, está a recuperar.

Há poucos meses surgiram os relatos de que Wright já teria tentado surfar mas que não tinha conseguido meter-se de pé, o que deixou claro, apesar de não ser oficial, que em 2016 não iria estar presente no circuito. Foi esta semana que finalmente foi confirmado que Owen continua em recuperação e que a sua vaga no tour será entregue a Stuart Kennedy.

No entanto, ficou uma pergunta por responder… Será que Wright conseguirá algum dia regressar à competição? Infelizmente não seria a primeira vez que um atleta com uma lesão semelhante não voltasse ao activo, apesar de nunca ter acontecido na elite do surf mundial. Esta poderá mesmo ser a lesão mais grave de sempre de um surfista do Championship Tour, mas só com tempo se saberá ao certo quais as verdadeiras consequências.

Outros surfistas sofreram lesões graves, fica com uma lista de algumas das mais graves de sempre no CT:

Derek Ho – 1997
Durante uma sessão de treinos em G-Land, pouco antes do início do Quiksilver Pro, o primeiro campeão mundial havaiano da ASP/WSL rompeu o tendão patelar o que o deixou fora do tour até ao fim do ano. No ano seguinte a WSL atribuiu o primeiro injury wildcard da história do circuito mas aí Derek já tinha perdido o ritmo e não se conseguiu manter no CT, dando assim por terminada a sua carreira competitiva.

Shea Lopez – 2003
No seu heat dos quartos de final do Pipeline Masters Shea arriscou tudo num floater de backside mas a secção ficou oca e quase desfez o seu joelho. A recuperação demorou mais de um ano e Lopez voltou a competir no CT em 2005. No entanto, os seus resultados alternaram entre 33º e 17º, e o surfista da Flórida também finalizava aí a sua carreira.

Mick Fanning – 2004
Foi a aterrar de um floater numa viagem do seu patrocinador que Mick rasgou os músculos isquiotibiais e ficou um ano fora do tour. Mas o seu é o único caso de “sucesso” neste grupo pois logo no ano seguinte venceu duas etapas no CT e anos mais tarde sagrou-se campeão mundial três vezes.

Tiago Pires – 2013
Numa sessão de tubos em Santa Cruz (Torres Vedras), Saca meteu para dentro naquela que seria a sua última onda dessa sessão e acabou por pagar o preço. O resultado foi uma ruptura parcial num ligamento interno, o que o deixou de fora de todas as etapas desse ano. Em 2014 recebeu um wildcard da WSL e fez alguns resultados, mas não foram suficientes para a qualificação, e Tiago acabou por abandonar o tour para se dedicar a outros projectos.

Bede Durbidge – 2015
Como Owen, Bede ainda não competiu este ano e não se sabe quando será o seu regresso às lides competitivas. Foi também num wipeout em Pipeline que o ex-número 2 do circuito se lesionou no pélvis e entretanto tem estado a acompanhar John John Florence como treinador. É uma incógnita se volta a vestir a lycra de competição ou se dá continuidade ao seu trabalho com o actual número 2 do tour e outros surfistas.

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