Contam-se pelos dedos das mãos o número de surfistas que vivem na Europa com uma experiência competitiva que se compara à de Pedro Henrique. Campeão mundial Júnior da WSL, top do Championship Tour, Campeão Europeu e nacional e vencedor de várias etapas do QS e da Liga MEO Surf são alguns dos pontos altos da sua carreira e neste momento o residente de Cascais está na disputa por mais um título importante, o de campeão nacional de 2018. A ONFIRE quis saber um pouco mais sobre a actualidade de Pedro Henrique…
Estás na disputa pelo título nacional, sabes o que precisas para te sagrares campeão?
Não sei bem que resultados são necessários para o título. Nem os meus, nem dos que disputam.
Este ano poderá haver novamente uma separação entre campeão da Liga e campeão nacional. O que achas desta divisão? Achas que o título poderá perder impacto com esta divisão?
Mais uma vez o Gony (Zubizarreta) mostrou ser um dos melhores surfistas da Liga e provavelmente será campeão. (Sobre a divisão) é uma discussão complicada e não tenho opinião sobre.
O que achas do nível do surf em Portugal actualmente em comparação com o do tempo em que chegaste?
Acredito que o nível está muito bom, com a chegada de novos surfistas a liga, principalmente surfistas de nível internacional como Kiron Jabour entre outros. Acho importante que tenha nível forte ou os surfistas nacionais não teriam real missão do próprio nível. Uma nota 8 na Liga muitas vezes não passa de um 6 no mundial. Claro que é para alguns surfistas! Hehe
Como avalias a tua prestação no circuito até este momento?
Tenho gostado muito das mudanças no meu surf e do nível que estou alcançando. Não vejo os meus resultados e notas na Liga como parâmetro para meu desenvolvimento e evolução ou mesmo algo que classifique meus valores. Infelizmente não dá para levar a sério.
Como se enquadra esta disputa nas tuas prioridades actuais?
Como sempre respondo a esses tipos de pergunta, participo de todos eventos que entro com 100% da minha dedicação e foco. Não será diferente. Mas o ranking não é nesse momento uma das minhas prioridades.
Nos últimos tempos a tua presença no circuito QS diminuiu bastante, a que se deveu?
Tive uma lesão no tornozelo esquerdo em dezembro do ano passado e infelizmente só voltei a competir na etapa de Santa Cruz. Mas sigo focado para próxima perna do ano.
Como tem sido a tua procura por patrocínios ao longo dos anos?
Não tenho abertura no mercado português por ser luso-brasileiro. Há claramente um preconceito sobre essa questão independente dos resultados alcançados por nossa pátria junto à selecção portuguesa. Infelizmente uma realidade e tenho que buscar recursos fora do país.
Como tem sido competir nas provas de selecções por Portugal em comparação a competir pelo Brasil?
Nunca competi pela selecção do Brasil. Adoro o clima da seleção e o carinho que recebo dentro da equipa. Sinto muito orgulho de poder representar e fazer parte da selecção.
De um modo geral como consideras que está a correr o teu ano?
Muito bem, tive dificuldades e já ultrapassei, tenho conseguido voltar ao meu ritmo e forma anteriores e tenho optimismo para as próximas etapas.
Quais são os teus objectivos neste momento?
voltar a subir no ranking QS e trazer a vitória do Japão para a selecção.
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