Aos poucos uma nova geração vai começando a superar a anterior e tomar conta do surf nacional. Francisco Almeida é um dos surfistas que melhor se tem estabelecido entre a elite no surf nacional, com uma ascensão nos últimos anos digna de nota. Recentemente quebrou mais uma barreira ao qualificar-se para uma final da Liga MEO Surf, ficando ao alcance de uma posição no top5 do circuito. Fica a saber um pouco mais sobre o finalista do Renault Porto Pro…

 

Francisco, chegaste à tua primeira final na Liga MEO Surf, como te sentes por ter concretizado esse objectivo?
Estou contente sendo que foi a primeira vez que fiz uma final na Liga. Não ganhei e isso para qualquer competidor é difícil, mas estou ansioso pela próxima etapa!

Qual foi a tua estratégia para enfrentar o surfista mais em forma da actualidade em Portugal?
A estratégia é sempre a mesma e com um único objetivo, ganhar. Sendo que o meu adversário era o Vasco Ribeiro sabia que ia ser difícil.

A meia final foi uma repetição da de 2019, mas com um resultado diferente. Sentiste alguma motivação extra?
Sim, mudei de treinador, para o Francisco “Xixo” há pouco tempo e este último mês foi muito intenso. De manhã à noite, todos os dias literalmente. Tenho também um novo treinador físico e começamos agora um trabalho juntos, o João Miguel Garcia. O meu quiver de pranchas da Oric está bom e todas estas coisas juntas deram-me essa motivação e a confiança extra que precisava!

Estás garantido no top16 da Liga pelo terceiro ano consecutivo, com potencial de melhorar o 10º lugar do ano passado. Ser top da Liga contribui de que maneira para uma carreira como surfista profissional?
Ser campeão nacional open é um dos meus objetivos na minha carreira e a Liga acaba por ser um treino para as provas lá fora já que o nível é alto.

Fala-nos de resultados do passado, quais foram os principais na tua carreira júnior e daí até agora?
Fui Campeão Nacional sub12 e sub18.  Participei em 4 edições do campeonato do mundo de juniores da ISA com a seleção, no último ano de sub18 acabei em 17° lugar (no Japão).

Apesar de teres feito um bom percurso como júnior, acabaste por ficar sem patrocínio principal pouco depois. Isso desmotivou-te ou deu-te mais vontade de chegar mais longe?
Olho para trás e fico contente porque foi isso que me motivou a continuar para uma carreira sénior e provar que sou melhor.

 

 

Como tem sido a procura por novos patrocinadores?
Não está fácil. Com o Covid-19 acho que ainda se tornou mais difícil…

O que uma carreira como surfista profissional tem “para oferecer” na actualidade?
Felicidade. Sempre foi o meu sonho e espero poder concretizá-lo!

O surf é o teu único foco neste momento ou tens outras actividades?
Neste momento é o meu único foco. Em Janeiro deste ano desisti da faculdade, onde estava a tirar um curso de gestão.

Quais consideras que são os pontos mais fortes e os mais fracos do teu surf?
Tento ser bom em tudo. Acho que um surfista tem de ser completo em todos os aspetos.

Como passaste este tempo de pandemia?
Bem, mais perto da família e a fazer o máximo de surf possível assim que nos permitiram!

Quais são os teus objectivos para este ano e para o futuro?
Ainda para este ano acabar no top 5 da Liga MEO. No futuro, estar a lutar pelo titulo de campeão nacional e qualificar me para o WCT!

 

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