Uma das maiores mais-valias da “privatização” da WSL foi a consolidação da equipa de comentadores. Anteriormente, quando as marcas ou entidades eram donas das licenças dos eventos, as equipas de comentadores mudavam a quase todas as etapas e muitas não apresentavam o profissionalismo que se esperava.

Um bom/mau exemplo surgiu durante o Quiksilver Pro France de 2013. Joel Parkinson era campeão mundial em título e surfava contra o wildcard Marc Lacomare. Numa das trocas de ondas finais as médias estavam tão próximas que os comentadores de serviço, Jake Paterson e Damien Fahrenfort, estavam na dúvida sobre quem iria terminar na frente. Até que Jake comentou, subtilmente, que por se estar a tratar de um campeão mundial o resultado poderia cair a seu favor. Para se enterrar um pouco mais, apostou uma cerveja no vencedor, que acabou por ser Parkinson.

Pouco depois, e por mais uma série de razões que se verificaram nos heats anteriores, ambos estavam a ser notificados que não voltariam a ser comentadores deste tipo de evento, o que culminou numa alegada troca de emails desagradável entre o tour manager, Renato Hickel, e Jake.

Na nova estrutura da WSL as equipas mantém-se ao longo do ano, e o plantel actual conta com os ex-tops do CT Ross Williams, Martin Potter e Rosy Hodge, junta o big wave rider Peter Mel e ainda Strider Wasilewski, Ronnie Blakey e Joe Turpel, uma mistura bastante coerente e eloquente, capaz de segurar até o heat mais parado.

A única crítica feita a este grupo com alguma regularidade é a falta de opinião sobre os momentos que acompanham e talvez um levíssimo favoritismo pela “equipa” anglo-saxónica.

Mas, muito de vez em quando, sai um debate e opiniões sobre algum tema. No “morning show” mais recente, e quase por engano, Ronnie pede uma opinão a Strider. “Achas que o Matt Wilkinson consegue ser campeão mundial?”. Strider não hesita e responde que acha que Wilko não será campeão do mundo. A sentir-se claramente numa posição menos favorável, Wasilewski exige respostas à mesma pergunta pelos seus co-comentadores, que acabam por confirmar que também não acreditam nessa possibilidade, apontando o seu mau recorde competitivo passado como razão.

Ross, Ronnie e Strider têm alguma razão para duvidar das capacidades competitivas de Wilkinson, que até agora passou as temporadas no limite da qualificação. Mas, usando as estatísticas do passado, dos os (3) surfistas que venceram as duas primeiras etapas do tour (Kelly Slater várias vezes, Sunny Garcia e Joel Parkinson) apenas Joel Parkinson, em grande parte devido a uma lesão, não foi campeão mundial nesse ano.

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Comentários

Um comentário a “Experts da WSL não acreditam no título mundial de Wilkinson”

  1. Dionisio Nica Rosario diz:

    Ele está no topo! Por isso claro q sim!