Frederico Morais qualificou-se pela primeira vez para o Championship Tour no final de 2016, e agora, sete anos mais tarde, repetiu o feito.
O surfista de Cascais, desde a sua primeira qualificação, não parou de fazer história na elite do surf mundial. O seu ano de estreia, 2017, foi impressionante, tendo conquistado a primeira e, única até hoje, final de um português no CT, terminando o ano em 14º do ranking. No ano seguinte, apesar de ter feito alguns resultados fortes, ficou a precisar de avançar mais alguns heats na última etapa mas uma lesão acabou por o deixar de fora. No entanto, Kikas ficou tão perto da qualificação que acabou por receber wildcards para 6 das 11 provas do ano seguinte, tendo o ponto alto do seu ano no Championship Tour sido o 3º lugar na prova brasileira, eliminando inclusive o surfista que acabaria por se sagrar campeão mundial nesse ano, Ítalo Ferreira.
De volta ao circuito QS conquistou em 2019 o incrível feito de ter vencido três etapas, uma delas em Haleiwa, no Havaí, vencendo acabando o ano na primeira posição do ranking. Em 2020 não houve circuito mas em 2021 Frederico conseguiu o incrível feito de terminar no top10, mais uma estreia para o surf nacional. Em 2022 o português não conseguiu mostrar o seu melhor surf no CT e acabou vítima do controverso “cut” a meio do ano.
O ano de 2023 não começou da melhor maneira para o ex-top 10 do Championship Tour, abrindo a temporada no circuito Challenger Series com um 17º lugar na Gold Coast. Já na prova seguinte, o GMW Sydney Surf Pro, Freddy conquistou um 5º lugar, seguindo o resultado com um 2º na África do Sul, no Ballito Pro, ficando assim numa excelente posição para voltar a garantir um lugar entre os melhores surfistas do mundo. Duas etapas depois, no EDP Vissla Ericeira Pro, terminou em 9º lugar, subindo à 3º posição do ranking empatado com Jake Marshall. Apesar disso, eram muito os surfistas ao seu alcance e na última etapa muita coisa podia mudar.
O percurso de Morais em Saquarema não foi fácil pois ao fim de dois rounds 17 dos 18 primeiros qualificados ainda estavam em prova. No round de 32 os primeiros a cair foram Jake Marshall e Deivid Silva, entre os competidores que se encontravam dentro do cut. Entretanto Crosby Colapinto, um dos surfistas do top10 com o descarte mais baixo, avançou para o round de 16, recebendo a qualificação automática.
Frederico estava no último heat do round de 32 contra Kade Matson, Alejo Muniz e George Pittar, uma bateria muito disputada. Kikas apostou no backside para ocupar a segunda posição atrás de Matson e ao avançar garantiu (pelo menos) um 9º lugar e a qualificação para o Championship Tour de 2024. Poucos minutos depois do fim do heat a WSL oficializou a sua qualificação, garantindo assim novamente uma presença portuguesa no Championship Tour!
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