Pela primeira vez na história do circuito nacional, chegamos à última etapa com mais de 10 surfistas com hipóteses matemáticas de conquistar o título nacional.
Esta situação invulgar deve-se à inconsistência dos competidores da Liga MEO Surf este ano, com quatro vencedores em quatro etapas, nenhum dos quais se encontra no top4 do ranking actual.
Apesar de haver muitos cenários dividimos os candidatos ao título por grupos, dependendo das suas hipóteses de conquistar o título no Bom Petiste Peniche Pro, que se realiza entre 18 e 20 de Novembro…
O grupo dos “principais candidatos” é constituído por Guilherme Ribeiro e Vasco Ribeiro. Estes são os dois únicos surfistas que só dependem deles próprios pois, se vencerem a última etapa, serão campeões independentemente dos resultados dos seus adversários. Guilherme lidera o circuito com um 2º, um 3º, um 5º e um 17º, enquanto que Vasco está em 7º, com um 1º, um 2º, um 13º e uma prova a menos a contar. Colado a este grupo está Guilherme Fonseca, segundo classificado do ranking com um 2º, dois 5ºs e um 17º que também será campeão do circuito se vencer, excepto se o segundo classificado for Vasco Ribeiro.
O “segundo pelotão” conta com Eduardo Fernandes, João Moreira, Tomás Fernandes e Afonso Antunes que precisam de vencer e de “rezar” para que um dos Ribeiros não pontue muito, ficando já dependentes de resultados de terceiros e a necessitar de ficar em 1º ou 2º na etapa para se sagrarem campeões. As suas hipóteses são mais remotas que as de Guilherme Ribeiro, Vasco Ribeiro e Guilherme Fonseca, mas é seguramente um grupo que não podemos descartar como sérios candidatos ao título.
E depois há o grupo que apelidámos de “long shot“, que precisam de vencer e mesmo isso poderá não ser suficiente. São eles Francisco Almeida, Joaquim Chaves, Francisco Mittermeyer, Luís Perloiro e Frederico Morais. Todos eles menos Morais ficam fora da disputa com um 9º lugar de Guilherme Ribeiro ou um 13º de Vasco. Por sua vez Frederico, com apenas duas etapas a contar, se vencer obriga Guilherme Ribeiro a fazer um 3º lugar, Vasco Ribeiro 5º ou Guilherme Fonseca 2º.
Ainda temos dois surfistas que estão a disputar o título da Liga mas não podem ser campeões nacionais devido às suas nacionalidades, Halley Batista e Arran Strong. Halley está em 5º do ranking e conta com uma vitória, um 5º lugar, um 17º e um 25º, e mais uma vitória ou até um pouco menos, poderá garantir-lhe o título da Liga. Já Arran tem hipóteses semelhantes às do grupo, “long shot”.
Contas feitas, é difícil apontar um claro favorito. Vasco Ribeiro está neste momento afastado das competições e caso regresse para esta etapa e o faça na sua forma habitual, será sem dúvida um dos mais fortes “contenders”. Mas talvez seja Guilherme Ribeiro o principal candidato pois, apesar de ainda não ter vencido uma etapa da Liga, tem mostrado muita consistência e venceu recentemente uma prova QS, o que confirma o seu valor. Numa situação parecida está Guilherme Fonseca, que este ano mostrou grande forma, joga em casa e está apenas 120 pontos atrás do líder. Ainda há o “dark horse”, Frederico Morais, que tem uma posição melhor do que o seu ranking indica mas é mais provável que por essa altura já se encontre no Havai, em preparação para o Haleiwa Challenger.
Será, sem dúvida, um evento cheio de emoções fortes e muita acção…
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