“A única constante é a mudança”. Tens noção de quanto o teu material mudou desde que começaste a fazer surf?

Fica com algumas das mudanças mais visíveis das últimas décadas…

 

A tua prancha deixou de ter quilhas fixas…
“Queres FCS ou Futures” é normalmente uma das últimas perguntas que te fazem quando encomendas uma prancha de surf nova. A partir desses dois sistemas tens um mundo de opções sobre o tipo de quilhas que vais usar nas tuas surfadas, com a possibilidade de mudar a qualquer momento. Mas nem sempre foi assim. Até à revolução das quilhas, a fábrica de onde a tua prancha saía simplesmente colocava as quilhas que os próprios fabricavam, sem grande margem de escolha, um template dava para todas. As vantagens são múltiplas com quilhas removíveis, desde a versatilidade acrescida, ao fácil transporte das pranchas sem quilhas encaixadas, tanto em viagens de avião, onde a norma era uma ou mais quilhas partidas, como no dia a dia.

Os fatos melhoraram drasticamente…
Durante muitos anos os fatos de neoprene eram pesados, frios, presos e mais difíceis de despir. Com o passar do tempo as marcas de fatos evoluíram muito, produzindo o oposto da descrição acima. A evolução no neoprene, na selagem, as novas opções com e sem fecho e o próprio processo produção dos fatos também contribuiu para este desenvolvimento. Curiosamente os preços, em comparação aos anos 90, mantiveram-se muito semelhantes em muitas das opções no mercado. Pela negativa, o facto de se tornarem mais leves e maleáveis, fazem dos fatos da actualidade um pouco mais frágeis que os seus predecessores, começando a perder algumas das suas mais distintas propriedades ao fim de um ano ou pouco mais.

Os nose guards (praticamente) acabaram…
Durante muito tempo quando se comprava uma prancha nova, havia algo tão importante como escolher um deck a condizer, e trazer uma barra de wax. Era o nose guard, um produto de borracha que se colava no bico da prancha e que protegia do impacto de uma “pranchada” na cabeça ou noutras partes do corpo. Este produto salvou muita gente durante muitos anos, até cair em desuso. No entanto, ao longo dos tempos, os próprios shapers começaram a fazer as pranchas menos bicudas, o que minimiza o risco. Mas, de vez em quando, ainda se sente a falta deste produto.

A oferta de materiais diferentes na construção das pranchas aumentou…
Apesar do epoxy não ser algo recente, tendo sido utilizado na fabricação de pranchas de surf desde muito cedo, o que é certo é que, durante muitos anos 99.9% das shortboards em qualquer eram em PU. Está certo que o PU ainda domina, mas a oferta em epoxy e outras tecnologias aumentou muito. São várias as marcas que desenvolveram “tecnologias” próprias ligadas ao epoxy, como a FutureFlex da Hayden Shapes, como a INCA da Pukas, entre muitas outras. Já para não falar de softboards, que cada vez são mais regulares no line up como pranchas “performance”.

A GoPro passou a fazer parte do teu material…
Lembraste como eram as máquinas de filmar nos anos 80 ou 90? Eram grandes, difíceis de “manobrar” e pouco práticas para ter ondas filmadas no dia a dia. A logística de andar com uma máquina dessas era mais complexa e claro, nos dias bons ninguém estava disponível para filmar. Com o tempo foram diminuindo em tamanho, ficando mais baratas até uma marca lançar uma revolução, a GoPro, que desenvolveu máquinas de filmar à prova de água a preços acessíveis. É algo que a maior parte dos surfistas tem hoje em dia na mochila, já que não obriga a ter que pedir a outra pessoa para filmar.

Menção honrosa
O teu telefone passou a ser parte do teu material
Seja para filmar, para meter stories no instagram a fazer inveja aos amigos, para ver as marés, ver as câmeras ou previsões, o teu smartphone passou a fazer parte da tua experiência de surf, sendo muito mais útil que outros produtos que tens na “mochila do surf”.

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