Ganhar o título mundial da WSL é o equivalente a ganhar a medalha de ouro nos jogos olímpicos. Apenas os melhores entre os melhores conseguem atingir esse objectivo e mesmo surfistas fora de série podem acabar as suas carreiras sem chegar ao título máximo deste desporto. A ONFIRE escolheu 5 surfistas que tinha tudo para conseguir ser campeões mundiais mas “bateram na trave”…

Cheyne Horan | Austrália

Cheyne Horan é recordista de títulos de vice-campeão mundial. Foram dois os surfistas que lhe tiraram a oportunidade de entrar na “Hall of Fame” do surf, “Rabbit” Bartholomew em 1978 e Mark Richards em 79, 81 e 82. Consta que o título mais doloroso de perder foi em 1979, quando ficou a um heat de garantir o título. Cheyne surfou nas meias finais contra Peter Townend, seu companheiro de equipa do conhecido grupo de surfistas australianos de época, Bronzed Aussies. Mesmo com a ligação “BA” Townend não deu hipóteses a Horan a avançou para a final. No heat seguinte estava Mark Richards que precisava de vencer o heat e a final e foi o que aconteceu, garantindo nesse momento o seu primeiro de quatro títulos, um marco que só foi batido por Kelly Slater em 1996 e mais nenhum outro surfista conseguiu repetir até hoje. Depois dos seus quatro 2ºs lugares Cheyne ainda foi 3º no ranking de 1983 mas começou a cair drasticamente a partir daí. Em 1987 voltou ao top16 ao vencer o Billabong Pro in Hawaii, recebendo o maior prize money de sempre até à data, com 50.000 USD para o primeiro lugar. O australiano manteve-se no tour até 1993 e mais tarde reinventou-se tornando-se num dos mas reconhecidos surfistas de ondas grandes do mundo, o que lhe proporcionou mais alguns anos de carreira.

 

Gary Elkerton | Austrália

O “enfant terrible” dos anos 80, Gary “Kong” Elkerton era o power surfer do tour e um mestre em ondas pesadas como Sunset e Haleiwa. Foi vice-campeão mundial três vezes, perdendo em 1987 o título para Damien Hardman, em 1990 para Tom Curren e em 1993 para Derek Ho. A disputa de 1990 foi muito equilibrada com Curren, que tinha largado e circuito anteriormente e nesse ano competiu quase sempre a partir dos trials, e os confrontos deram origem a um filme lançado em 2005, Curren, Trials to Title. Mas perder o título esse ano dificilmente custou tanto como em 1993. Chegados à última etapa um número recorde de 7 surfistas (Potter, Elkerton, Macaulay, Ho, Machado, Munga Barry e Hardman) tinham hipóteses matemáticas de ficar com o título mas, nas meias finais realizadas no último dia do período de espera, apenas Elkerton e Derek Ho se mantinham na disputa. Gary apenas precisava de chegar à final e mesmo se não chegasse o título podia ser seu já que Derek precisava de vencer. Mas o seeding jogou contra o australiano que calhou com Derek e Larry Rios nas meias e foi marcado pelos dois havaianos, sendo assim eliminado. E quando Derek Ho bateu Kelly Slater, Jeff Booth e Larry Rios na final para vencer o Chimsee Pipe Masters tornou-se no primeiro havaiano campeão mundial da ASP. Elkerton ainda ficou no tour durante mais alguns anos e teve com única consolação os seus três títulos mundiais na categoria master, em 2000, 2001 e 2003.

 

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