A prova QS realizada em Chiba, Japão, foi vencida por Ryan Callinan, que deu o primeiro passo de regresso ao Championship Tour desde que saiu, em 2016.
No top100 do circuito masculino encontram-se 4 surfistas portugueses, mas nenhum deles conta com resultados que podem ser considerados keepers para o objectivo principal, a entrada (ou permanência, no caso de Frederico Morais) no Championship Tour da WSL.
Vasco Ribeiro é quem tem o melhor resultado dos 4, uma pontuação de 1.550 pontos obtida na prova do Japão. Isso permitiu-lhe subir 198 lugares e passar para a 92º posição do ranking. Ribeiro esteve lesionado e faltou a várias etapas, e não teve uma perna australiana forte, o que faz com que o seu ano comece agora em termos de resultados. No entanto, o seu 9º lugar em Chiba mostra algum momentum e esse poderá ter sido o primeiro de vários resultados expressivos.
Tomás Fernandes encontra-se dois lugares acima, em 90º, tendo obtido o seu melhor resultado na sua primeira prova do ano, um 13º lugar no Seat Pro Netanya, em Israel. O surfista da Ericeira tem feito bons heats no circuito de qualificação, mas tem sido inconsistente, ficando a precisar de mais resultados sólidos para se manter no top100 e competir nas provas mais importantes.
Segue-se Frederico Morais tem como melhor resultado um 5º lugar no Pro Santa Cruz. O seu 72º lugar no ranking é pouco relevante já que o seu foco está no Championship Tour, onde se encontra em 14º lugar. É lá que “Freddy” procura a qualificação para o próximo ano, e tudo indica que a conseguirá novamente.
Miguel Blanco é o melhor português no QS neste momento e com muito mérito já que era dos quatro quem tinha pior seeding no início do ano. O surfista da Linha tem batalhado muito e encontra-se na 50º posição do ranking. Miguel estaria muito melhor se não tivesse sido eliminado de forma controversa em La Punta, no Chile, mas, mesmo uma vitória nessa etapa contaria pouco para a qualificação para o CT. No entanto Blanco colocou-se numa boa posição para competir em etapas que no passado não conseguia ter acesso e poderá ser uma das grandes surpresas da Europa no final do ano.
Mas é no circuito feminino que Portugal tem uma representante com muito potencial de entrar no Championship Tour. Teresa Bonvalot está a ter o seu melhor ano de sempre no circuito QS, encontrando-se na 10º posição. A surfista de Cascais ainda precisa de tirar mais alguns resultados sólidos, mas o nível que tem apresentado nas etapas anteriores mostram que o surf está lá, é só uma questão de continuar a fazer o que fez antes, com mais consistência.
As próximas etapas de relevância são o Maui and Sons Arica Pro Tour, uma prova QS 3.000 na categoria masculina, e na categoria feminina, o Los Cabos Open of Surf, etapa QS 6.000 realizada no México.
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