Ao fim de oito dias incríveis de acção, o Surf City El Salvador ISA World Surfing Games chegou ao fim e Portugal é um dos países com mais razões para festejar.

Para o dia final ainda estavam presentes no main evento duas surfistas portuguesas, Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins, que tinham como adversárias Leilani McGonagle e Daniella Rosas num heat que daria acesso à finalíssima, onde o título mundial seria disputado. Hopkins conseguiu fazer um par de notas de 7 pontos nas suas duas primeiras ondas, dominando o heat, enquanto que Teresa foi crescendo ao longo do mesmo, garantindo o segundo lugar e a qualificação para o último heat da categoria feminina.

Às duas portuguesas juntaram-se Sally Fitzgibbons e Daniella Rosas, que avançaram da final da repescagem. Sally era a surfista mais bem “cotada” deste dia final, com muitas vitórias no Championship Tour ao longo dos anos, dois títulos de campeã mundial no ISA World Surfing Games na categoria Open e um como júnior, entre muitos outros grandes resultados. Mais que um surf superior, Sally Fitzgibbons mostrou uma escolha de ondas impecável, surfando as duas melhores ondas da final, o que lhe garantiu um histórico terceiro título. Yolanda Hopkins não apanhou ondas com o mesmo potencial mas conseguiu fazer várias notas sólidas, acabando num espantoso segundo lugar. Teresa Bonvalot não ficou muito atrás, mesmo apanhando ondas que fecharam muito. Nos segundos finais apanhou a sua melhor onda, encaixando um bom snap e um reentry tardio, ficando 0.16 pontos abaixo do requisito e acabando num também impressionante terceiro lugar, enquanto que Daniella Rosas ficou ficou com a última posição.

Na prova masculina ainda havia uma vaga nos Jogos Olímpicos em disputa, mais precisamente entre Hiroto Ohhara e Shun Murakami, um feito que sorriu ao primeiro quando garantiu a sua presença na finalíssima. À final chegaram dois japoneses, Hiroto Ohhara e Kanoa Igarashi, e dois franceses, Joan Duru e Jeremy Flores. Dos 4 apenas um não teve direito a uma vaga em Tóquio, Joan Duru, já que o seu país tinha garantindo duas vagas pelo ranking prioritário, o do Championship Tour. Duru não se atrapalhou, e com duas notas fortes nas suas duas primeiras ondas dominou o heat, sagrando-se assim campeão mundial. No entanto, apesar de não ter tido como conseguir uma vaga para os Jogos Olímpicos, a sua vitória foi suficiente para oferecer o título ao seu país, que terminou em primeiro lugar à frente do Japão. Como vice-campeão (individual) ficou Kanoa Igarashi, seguido de Jeremy Flores e Hiroto Ohhara.

Portugal ficou num excelente 3º lugar seguido do Peru, Austrália e Alemanha, um excelente resultado para a nossa selecção.

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