Foi com ondas mais pequenas mas inicialmente melhores que no dia anterior que o segundo dia do Allianz Sintra Pro começou. Nenhum outro dia de prova da Liga MOCHE este ano teve tanto picos diferentes à escolha, cerca de três diferentes, o que foi muito decisor e vários heats.

A prova começou com um heat bastante equilibrado, pelo menos até Zé Ferreira ter soltado uma combinação de três manobras fortíssimas numa direita rápida, o que garantiu a primeira nota forte do dia e a vitória na bateria. Muito fortes estiveram também Nicolau Von Rupp, Frederico Morais e finalmente Eduardo Fernandes, que parece ter reencontrado a sua competitividade e passou o seu heat à frente de Vasco Ribeiro.

Tomás Fernandes, Pedro Coelho e Ruben Gonzalez também venceram os seus heat e, claro, Tiago Pires, que abusou dos seus rasgadões de rail e manobras nas secções mais críticas e pesadas que conseguiu encontrar.

As ondas foram piorando um pouco com as mudanças de maré e entrada do vento, mas as performances mantiveram-se fortíssimas da parte de alguns competidores no round de 16. Zé Ferreira venceu mais um heat, seguido de muito perto por João Guedes, que surfou com muito power as suas ondas.

O segundo heat do round de 16 era um dos mais difíceis já que juntava Frederico Morais, Pedro Henrique, Nicolau Von Rupp e ainda Jácome Correia. O surfista dos Açores deu um bom aéreo reverse mas não conseguiu entrar na disputa pela qualificação com a mesma intensidade que os seus adversários. Morais, por sua vez, estava a surfar num nível acima de todos os outros nesta etapa e liderou a bateria de ponta a ponta. Pedro Henrique também fez uma onda excelente e deixou Nicolau a precisar de uma nota alta. O local não encontrou ondas com muito potencial mas arriscou tudo num aéreo reverse numa junção pesada e garantiu a qualificação para a fase seguinte.

Eduardo Fernandes venceu novamente e garantiu o seu melhor resultado do ano até agora, levando consigo Marlon Lipke que tem mostrado um surf afiado e uma forte preferência pelas direitas. O resultado mais surpreendente do dia aconteceu no último heat da fase que defrontava Vasco Ribeiro, Tomás Fernandes, Tiago Pires e Miguel Mouzinho. Pires era o grande favorito para vencer o heat já que nas duas etapas em que participou este ano foi às finais. Mas desta vez não correu como se esperava e a escolha de pico não ajudou. Vasco e Tomás, mesmo não tendo feito o melhor que conseguem garantiram boas notas e deixaram os seus adversários a precisar de ondas de 6 pontos. Mas nada apareceu naquele pico e o veterano do WCT foi eliminado juntamente com Mouzinho.

Com a derrota de Tiago Pires a fasquia baixou para Frederico Morais, que agora “apenas” precisa de chegar à final para se sagrar campeão. Mesmo que não o faça apenas um surfista ainda tem hipóteses matemáticas de lhe “roubar” o título, Vasco Ribeiro, mas terá de vencer esta e a próxima etapa. No entanto, caso não passe dos quartos de final Saca mantém-se na disputa, mas precisa de vencer em Cascais e esperar que Morais não avance até às meias finais.

Acompanha a evolução do Allianz Sintra Pro e possível disputa pelo título amanhã em directo em www.liga.moche.pt ou na app mobile Surf MOCHE.

 

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