Se o primeiro dia do HD São Paulo Open já tinha sido complicado para os surfistas portugueses, o dia 2 foi dramático.
As ondas estavam um pouco maiores que no dia anterior e parecia que havia mais oportunidades, mas estava longe de estar perfeito com muitas ondas a fechar e muitas secções finais com backwash.
O primeiro surfista português a competir neste dia foi Zé Ferreira, que passou quase o heat todo muito perto do segundo lugar. O surfista do Guincho fez uma onda muito forte e conseguiu um bom back up, mas quando Michael Dunphy fez 7.10 pontos, na sua última onda, conseguiu roubar-lhe a qualificação, deixando Ferreira a precisar de 5.24. Mesmo assim Zé ficou em 3º lugar, à frente de Maxime Huscenot numa bateria vencida por Krystian Kymerson.
Dois heats mais tarde seria a vez de Pedro Henrique competir, contra Miguel Pupo, Nate Yeomans e Luel Filipe. Luel abriu o heat com uma nota de 8.23, uma direita com várias manobras fortes mas também não conseguiu encontrar o back up que precisava e acabou em terceiro. Pupo, que está a precisar de se safar pelo QS, disputou o primeiro lugar com Yeomans e venceu enquanto que “Pedrinho” parecia esta a surfar bem soltinho mas nunca encontrou ondas com potencial de fazer notas altas, algo que passou a bateria toda a perseguir.
Frederico Morais e Vasco Ribeiro vinham de um excelente resultado no MOCHE Rip Curl Pro Portugal, onde terminaram em 3º e 5º lugares, mas na mesma bateria estava o vencedor da mesma prova, Filipe Toledo, e outro surfista que já venceu em águas portuguesas, Messias Félix. Toledo disparou na liderança muito cedo, com um aéreo 360 full rotation e um back up de 6.77. Morais inicialmente ocupou a segunda posição pois abriu com uma onda de 6.83, mas Vasco Ribeiro respondeu com um par de notas 7. Félix parecia ser “carta fora do baralho” já que no fim precisava de uma nota de 8.5 para passar à segunda posição. Mas não baixou os braços e fechou o heat com um aéreo reverse abusado, que lhe deu a nota de 8.7 e empurrou os dois portugueses para 3º e 4º. Esta foi sem dúvida uma derrota dura para a armada lusa já que estes dois surfistas vão ao Havai à procura de dois excelentes resultados, e mesmo isso poderá não ser suficiente para se qualificarem para o CT de 2016.
A prova seguiu para o round 2 onde já estava o único sobrevivente luso, Tomás Fernandes. O surfista da Ericeira foi muito activo e deu várias batidas fortes de backside mas foi em ondas sem potencial de fazer notas excelentes. Entretanto Keanu Asing e Davey Cathels ligaram o acelerador e disparam para os lugares de qualificação, deixando Leo Fioravanti combinado e Fernandes a precisar de um 8 alto. Foi aí que o português fez a sua melhor onda, uma direita com um snap forte no outside, seguida de um tail slide e uma finalização, conseguindo a nota de 7.17 pontos, o que o deixou a precisar de 6.91. Tomás ainda apanhou duas ondas mas nenhuma tinha potencial de virar o heat e assim caiu o último surfista português nesta importante prova!
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