O início da primeira prova de surf pós pandemia tinha hora prevista para as 8:30 da manhã de hoje, mas a organização teve que esperar mais um pouco para arrancar pois as pequenas ondas mal quebravam com a maré mais cheia. Por volta das 10:30 os trials começaram e os destaques aí foram os groms Martim Fortes e Matias Canhoto e ainda João Crespo e Zé Maria Buschy, que venceram os seus heats.
Logo que o round 1 ficou visível que este seria um bom dia para a nova geração. Os surfistas mais novos e mais leves mostraram-se muito mais aptos para enfrentar as diminutas condições que muitos dos mais experientes, que nem sempre surfam neste tipo de ondas . A prova foi o primeiro heat, em que os Martim Magalhães simplesmente dominou, com Daniel Nobrega a avançar em segundo lugar, deixando Marlon Lipke em terceiro lugar. O ex-top do CT fez o que pôde, esperou muito pelas maiores ondas, que mesmo assim não vieram na dimensão que precisava e acabou com uma das derrotas mais prematuras de sempre na Liga.
No heat seguinte Filipe Jervis mostrou muito bom surf, vencendo a sua bateria enquanto que André Moi passou num sólido segundo lugar. Pouco depois, mais do mesmo, Guilherme Fonseca aproveitou o facto de, mesmo já não sendo grom, ser muito leve e ágil para vencer a terceira bateria, levando consigo o júnior de São João do Estoril, Lourenço Sousa “Gatinho”, eliminando João Roque Pinho e, o vencedor desta etapa em 2019, Gony Zubizarreta. Logo de seguida Pedro Henrique fez o seu regresso à Liga MEO logo com uma vitória, numa fase em que a maré fez com que as direitas perdessem parte da sua formação e começassem a aparecer algumas esquerdas. Em segundo lugar no seu heat ficou um surfista da nova geração, Miguel Matos, enquanto que mais um veterano e regular top10 deste circuito, Eduardo Fernandes, foi eliminado juntamente com Tito Costa.
A bateria seguinte seria a última por algumas horas e João Kopke, finalista desta prova no ano passado, tinha razões para estar preocupado. Os seus adversários eram Afonso Antunes, Rafael Silva e Matias Canhoto, três jovens surfistas com todo o potencial para darem continuidade a este push da nova geração. Depois de uma disputa muito apertada o local de Carcavelos conseguiu assegurar a segunda posição na última onda, atrás de Afonso, que ainda não se encontra 100% recuperado de uma lesão.
Um pouco mais tarde do que se esperava o Allianz Figueira Pro regressou à água para terminar a primeira fase ainda em ondas muito pequenas e difíceis de surfar. Houve mais alguns surfistas que, por momentos, fizeram as condições parecerem melhores, como foi o caso de Luís Perloiro, Pedro Coelho, Miguel Blanco, Justin Mujica e Tomás Fernandes. Mas as surpresas continuaram a acontecer e os casos mais “berrantes” foram as eliminações de Francisco Alves, que passou a semana a brincar com os seus adversários no instagram mas acabou por ser eliminado pela falta de ondas, e Jácome Correia, que perdeu para a dupla Martim Carrasco e Zé Maria Bruchy.
Já os dois melhores surfistas portugueses da actualidade, Frederico Morais e Vasco Ribeiro, sobreviveram a este dia mas tiveram que se contentar com o segundo lugar. Kikas não conseguiu soltar-se como Guilherme Ribeiro, que surfou muito bem e venceu a bateria, enquanto que Vasco viu o backside bem afiado nas direitas de Ribeira D’Ilhas, Henrique Pyrrait, a vencer a última bateria do dia já em hora de “lusco-fusco”.
Um novo call foi marcado para as 8:30, acompanha tudo em directo AQUI!
Comentários
2 comentários a “Nova geração faz estragos no dia 1 do Allianz Figueira Pro | Actualização”
E o João Guedes? ??
Também surfou muito e está de parabéns. Não falámos de todos os destaques da primeira fase pois seria quase impossível e cansativo de ler, apenas alguns dos que mais surpreenderam ou que mais se destacaram. Mas o João continua em prova e seguramente ainda irá continuar a dar cartas e será mencionado. Boas ondas (: