Kerr fica segundo, Slater e Durbidge são terceiros!

Foi uma noite (para os portugueses) longa e cheia de emoções pois, como esperado, decidiu-se finalmente o vencedor da segunda etapa do WCT, o Drug Aware Margaret River Pro, depois de vários dias sem ondas. Estavam já encontrados os oito finalistas e todos os heats prometiam muita emoção.

O power house Bede Durbide começou o dia a eliminar outro power house, Jordy Smith, num heat onde as ondas em Margaret River (infelizmente “The Box” não estava com as melhores condições) ainda demoravam. E este foi mesmo um heat onde quem venceu foi quem mais power aplicou, e acabou mesmo por ser o australiano o vencedor, parecendo querer voltar, finalmente, às bons resultados no WCT, uma vez que nos seus últimos dois anos tem ficado um pouco longe das suas excelentes capacidades.

Seguiu-se Kerr versus Medina, o actual nº1 do ranking, mas o brasileiro não conseguiu encaixar bem o seu surf num dia de boas mas dificeis ondas de Margaret. Kerr, que estava a surfar na praia onde já fez mais heats em toda a sua vida, usou o seu power surf para vencer Medina que poderia ver o seu lugar de número um do mundo roubado.

O heat 3 era o mais esperado, Slater vs Parkinson. Slater admitiu que os heats contra Parko dão-lhe sempre uma motivação extra e começou de uma forma incrível ao dar um grande carve, seguido do primeiro tubo do dia e, de uma forma brilhante, ainda dentro do tubo preparou a linha de onda certa para encaixar logo um floater reentry inacreditável e meter uma nota acima dos 8 pontos no “quadro”. Parko ainda respondeu com a melhor onda do heat, um 8.77, mas Slater já tinha uma outra nota alta, um 7, e durante os últimos minutos do heat o mar não deu grandes oportunidades a Parko (que apanhou uma onda que poderia ser a nota mas ficou a um segundo de estar dentro do tempo).

Michel Bourez começou a sua destruição massiva de Margaret enviando Nat Young para casa no último dos quartos de final, e, logo de seguida, entrou para a água a primeira meia-final, Bede Durbidge versus Josh Kerr. O voador Kerr já alternou o seu power surf com o surf aéreo o que acabou por lhe garantir a vitória. Na melhor onda do heat, Kerr encaixou uma séria de carves e lay backs para terminar com um aéreo reverse e conseguir um 8.83. Bede meteu duas notas média-altas como duas melhores mas ficou a precisar de uma segunda onda boa.

Michel-Bourez-Wins-WCT-Kerr

A segunda meia final acabou por ser mais uma controversa. Slater, depois de duas ondas médias, encaixou uma nota acima dos 8 pontos depois de uma primeira paulada a tirar o tail todo, um carve e um reentry e, uns minutos mais tarde, deu um pequeno tubo, um roundhouse e um reentry a tirar o tail par meter um 7 como segunda melhor onda e deixar Bourez, que tinha um 6.77 como melhor onda, a precisar de uma nota acima dos 9. E foi logo na onda seguinte que Bourez apanhou a onda que viria a causar alguma polémica no mundo virtual.

Bourez arrancou com um carve power, encaixou um lay back na parede, deu um floater reentry e caiu na última manobra mas o júri considerou que as três primeiras manobras foram excelentes e por isso deram-lhe uma nota quaser perfeita, um 9.37.

A grande final acabou por ser um heat muito renhido entre Kerr e Bourez uma vez que nenhum surfista conseguiu distanciar-se do outro. Bourez acabou por escolher as melhores ondas e o seu power surf pareceu ser o melhor de todos os heats que fez, transitando entre entre poderosos carves sem perder velocidade e fluidez, o que acabou por lhe garantir a sua primeira vitória num WCT!

Michel-Bourez-Wins-WCT-Bourez02

Contas feitas, Media continua número um do mundo, Parko número dois, Kerr saltou para terceiro, Bourez para quarto e Slater mantém-se quinto. A próxima etapa começa já no dia 16 de Abril em Bells Beach, o mítico Rip Curl Pro Bells Beach, e, apesar de ser o início do ano, este começo parecer ser dos mais emocinantes para a luta do título mundial dos últimos tempos.

 

 

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