Foi no terceiro dia do Drug Aware Margaret River Pro que as condições finalmente ficaram como se esperava. O vento baixou drasticamente, ficando apenas um leve off-shore e as ondas acertaram, quebrando em The Box com alguma perfeição.

No entanto nem por isso deixou de ser uma onda difícil de surfar e qualquer erro de calculo no take off dava origem a um wipeout pesado. O primeiro heat, que defrontava Jeremy Flores e Jordy Smith, não foi à água pois o sul-africano tinha feito um grande corte no calcanhar e não estavam em condições para competir.

Então foi Michel Bourez quem abriu o dia com uma vitória, sobre Kai Otton. Logo de seguida os havaianos John John Florence e Sebastian Zietz mostraram-se muito à vontade nos pesados tubos deste slab e bateram Adam Melling e Joel Parkinson. Foi no heat seguinte que aconteceu a grande reviravolta do dia, o vencedor dos trials Jay Davies bateu o número 1 do ranking actual, Mick Fanning. Foi uma das grandes baterias do dia e ambos deram grandes tubos e fizeram grandes notas. Perto do fim era Fanning que estava à frente pois tinha conseguido os seus scores em ondas um pouco maiores. Mas Jay tinha a prioridade quando apareceu a onda do heat e não perdeu a oportunidade, dando um grande tubo que lhe valeu uma nota quase perfeita e a vitória.

Assim a porta ficou aberta aos outros dois top5 do tour ainda em prova, Adriano de Souza e Julian Wilson e ambos passaram as suas baterias apesar de terem feito heats bastante fracos. Com a qualificação para o round seguinte Adriano passa a ser o novo líder do ranking e apenas poderá ser superado por Julian caso o australiano vença a etapa e de Souza não passe mais qualquer heat.

Entretanto a prova passou para o pico principal, com ondas enormes mas também bem limpas. Taj Burrow, Josh Kerr e Owen Wright venceram as suas baterias mas o surfista do dia foi Kelly Slater, que competiu no último heat da fase. O 11x abriu com uma onda de 9.5, uma pontuação talvez um pouco alta para o que estava por acontecer. Algumas ondas mais tarde fez um grande e longo tubo, seguido de um fortíssimo carve e mais algumas manobras. Como não podia deixar de ser a nota foi 10, mas ficou no ar a sensação de que mais uma vez os juízes deixaram-se sem “margem de manobra”.

Depois foi a vez da prova feminina se estrear, já com as condições a piorarem bastante. As competidoras do circuito feminino apostaram bastante mais nas esquerdas que os homens e os grandes destaques vão para Sally Fitzgibbons e Tyler Wright, que venceram com grande vantagem para as suas adversárias. Acompanha o próximo dia de prova em directo AQUI!

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