Na véspera do início da etapa do portuguesa do World Tour, o Rip Curl Pro Portugal, 16 trialistas competiram entre si atrás de uma vaga no main event. Em ondas até dois metros nos Supertubos, com pouco vento mas sem tubos, alguns dos melhores surfistas do nosso país juntamente com alguns convidados internacionais disputaram taco a taco esse lugar.
Muitos dos nomes que eram dados como fortes candidatos à final, como Marlon Lipke, Gony Zubizarreta e Bruno Santos não conseguiram passar das meias finais apesar de terem mostrado um bom nível e surf.
Nessa fase o grande destaque vai para o wildcard do ano passado, Francisco Alves, que com duas esquerdas cheias de manobras garantiu o “score” vencedor da segunda meia final, logo no início da bateria. O surfista da Caparica esteve em vias de não poder participar neste evento pois foi hospitalizado dois dias antes da prova começar, mas conseguiu recuperar bem a tempo. Muito perto dele neste heat ficou Nicolau Von Rupp, que está com um surf de backside fortíssimo e assim eliminou Gony Zubizarreta e Bruno Santos.
Já a primeira meia final foi igualmente equilibrada e o vencedor foi o convidado francês PV Laborde, seguido de Zé Ferreira e ainda Marlon Lipke e Pablo Guiterrez que assim foram ambos eliminados. O momento alto deste heat foi quando Ferreira deu um excelente reverse numa junção, que lhe permitiu passar para segundo lugar e eventualmente qualificar-se para a fase seguinte.
A final, deste evento que não teve direito a nenhum tubo, tinha tudo para ser um “passeio” dos surfistas portugueses. Francisco Alves foi quem começou mais forte, com várias ondas boas e um alley oop baixinho mas completo. No entanto Alves não conseguiu gerir bem a bateria e acabou por apanhar muitas ondas más, o que ditou a sua saída mais cedo da água por já ter chegado à sua quota de ondas, e o quarto lugar final.
Nicolau Von Rupp tinha uma onda boa, mas faltou-lhe apanhar uma direita com parede para virar o resultado a seu favor. Já Zé Ferreira liderou a maior parte da final com uma nota sólida e um back up razoável. Mas Pierre Valentin (PV) Labord tinha outras ideias e esteve num ataque constante à liderança.
Nos minutos finais Zé Ferreira tinha duas opções do seu lado, ou ia marcar o perigoso francês no pico mais a norte ou ia marcar Nicolau no pico mais a sul. Zé acabou por se virar para o lado de Von Rupp, que era também onde tinha mais hipóteses de substituir o seu score mais baixo.
Mas como deixou PV sozinho ele apanhou uma boa direita e deu três valentes batidas de backside a precisar apenas de 5.7. Com jusitça conseguiu a nota de 6.6, a vitória e consequente vaga no main event. Foi um momento difícil para os competidores portugueses presentes na final (e publico na praia) mas venceu quem surfou melhor.
O Rip Curl Pro Portugal deve começar amanhã por isso não deixes de acompanhar tudo em directo AQUI. O primeiro call é às 7 da manhã!
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