O último dia do Allianz Figueira Pro teve um pouco de tudo, ondas boas e más, surf do mais alto nível, polémica e muita emoção. O dia de prova começou cedo e só acabaria quase de noite, com uma estreia nas vitórias.

O primeiro grande destaque deste terceiro dia de prova foi João Mendonça, que venceu o seu heat com aquela autoridade de quem a qualquer momento vai vencer uma etapa. Não seria desta vez, mas ficou mais um aviso do que está para vir. Depois foi a vez de Frederico Morais mostrar que é o top dog do surf português, vencendo com grande destaque e deixando o campeão nacional em título em segundo lugar. Vasco Ribeiro não quis ficar para trás e também mostrou grande autoridade na sua vitória no heat 3 deste round de 16, enquanto que a fase terminava com mais uma prestação de outro surfista que, como Mendonça, promete um dia disputar os lugares cimeiros do ranking, Matias Canhoto.

A fase man on man começou com a vitória de Guilherme Ribeiro sobre João Mendonça e de seguida viu-se o melhor surf do evento. Frederico Morais abriu o seu heat, contra o sempre perigoso Halley Batista, com uma onda de 8.5 e seguiu-a com 8.65 e 8.75, deixando o seu adversário sem resposta. O confronto seguinte foi mais disputado, entre Vasco Ribeiro e Afonso Antunes. Vasco abriu com a que seria a melhor nota do heat, pontuando 8.25 pontos, mas Afonso respondeu com duas ondas sólidas, deixando o 5x campeão nacional a precisar de uma nota de 4.15, algo que não conseguiu fazer e foi eliminado. Mais uma vez a fase terminou com uma vitória de Matias Canhoto, que surpreendeu Francisco Almeida para avançar para as meias finais.

Guilherme Ribeiro e Afonso Antunes foram desde muito novos considerados como os melhores surfistas da sua geração e depois de disputarem muitas finais nas categorias júnior, eliminavam Frederico Morais e Matias Canhoto para se encontrarem novamente numa final. Os dois tinham-se encontrado na final da primeira etapa de 2021, uma prova que foi vencida por Afonso. Mas, passado dois anos, Ribeiro surgia como favorito, depois de ter conquistado o título nacional no ano passado. Numa final muito disputada, Guilherme Ribeiro começou como terminou o ano passado, com uma vitória, mantendo assim a lycra amarela para a próxima etapa!

A prova feminina foi também bastante disputada. No round 3, heats ainda de 4 surfistas, Carolina Mendes e Camilla Kemp eliminaram Mafalda Lopes e Beatriz Carvalho enquanto que no heat seguinte Teresa Bonvalot e Carolina Santos surpreenderam Francisca Veselko e Gabriela Dinis. No entanto, um erro de prioridade da parte da organização prejudicou uma das surfistas e o heat foi repetido. E, para surpresa de alguns, o resultado foi inverso, acabando com a eliminação de Bonvalot e Santos. Veselko venceu o heat, deixando Dinis em segundo, e as duas voltariam a encontrar-se umas horas mais tarde na final de duas surfistas. Foi Francisca Veselko quem abriu melhor, com uma onda cheia de rasgadas fortes para pontuar 5.75 pontos e depois fez um back up de 4.5 para assumir a liderança. No entanto, Gabriela respondeu com uma onda de 7.5, graças a uma paulada muito forte no outside e a algumas rasgadas. A precisar de 2.75, Gabriela Dinis esperou muito pela sua próxima onda e a pouco mais de um minuto do fim apanhou a única onda que apareceu e com três manobras fez o requisito que precisava, passando para a frente e garantindo a primeira vitória da sua carreira neste circuito.

O circuito segue agora para o Porto, onde ser realizará o Joaquim Chaves Saúde Porto Pro entre 21 e 23 de Abril!

Comentários

Os comentários estão fechados.