No segundo round do Oakley Lowers Pro um dos comentadores do evento questionava-se se era possível um surfista ser declarado campeão logo no round 2 da prova. E o que é certo é que Filipe Toledo mostrou logo aí qque não tinha adversários à sua altura na esta etapa, tal como não os teve na primeira etapa do WCT de 2015.

Ainda no terceiro dia de prova, a “armada lusa” ainda tinha quatro surfistas em competição e parecia estar a caminho de grandes resultados. O dia começou bem com uma vitória de Frederico Morais, o único surfista luso que ainda se encontrava no round 1. O surf de backside de Morais foi forte de mais para os seus adversários garantindo uma vitória relativamente confortável sobre Miguel Pupo, Connor O’Leary e Sunny Garcia.

Mas seria por aí que ficavam as prestações vencedoras dos surfistas portugueses. Tiago Pires começava mal o seu heat contra Brett Simpson, Charly Martin e Brent Dorrington mas no fim voltou ao ritmo. As suas duas últimas ondas, duas esquerdas, foram muito nem surfadas mas acabaria 0.03 pontos atrás da qualificação.

Marlon Lipke também perdia para Joan Duru e Dusty Payne por menos de meio ponto. Lipke optou pelas esquerdas mas a última traiu-o não dando muita parede e terminou em 3º à frente de Mitch Colerborn.

O mar continuou a piorar, com ondas de meio metro e algum vento, além da direcção do swell já não ser a melhor. Vasco Ribeiro abriu o seu heat com uma onda que fechou mas o surfista da praia da Poça conseguiu transformá-la num nota alta, graças a um reverse abusado na junção. No fim ficou a faltar-lhe um back up mas não conseguiu melhorar a sua posição, perdendo a precisar de 4.9.

Por fim Frederico Morais parecia estar num ritmo bastante elevado, abrindo com uma onda de 6.50 que acabou por ficar de fora, já que a substituiu por notas de 7.43 e 6.97. Infelizmente todos os seus adversários conseguiram fazer ondas de 8 pontos e back ups excelentes e assim caiu o último luso em prova.

De resto a prova foi completamente dominada pelo brasileiro Filipe Toledo. No seu heat mais fraco o brasileiro marcou 15 pontos e para chegar à final bateu alguns dos surfistas mais em forma de toda a prova.

Na final Toledo encontrou o veterano Jeremy Flores. Foi um heat de poucas ondas boas mas Toledo foi muito activo e transformou “lixo” em notas altas. Um dos momentos mais marcantes foi quando apanhou uma onda que provavelmente nenhum outro surfista do planeta conseguiria fazer mais 3 pontos. A onda era mole no arranque e logo a seguir fechou uma longa secção, sem espaço para aéreos. Filipe deu uma rasgada na primeira secção e com dois “foam climbs” passou a secção toda a tempo de dar um forte carve, mais uma rasgada e um aéreo reverse para terminar.

Com esta nota Flores ficou a precisar de uma onda perto dos 9 pontos e apesar de no fim ter apanhado uma das melhores do dia faltou energia ou algo mais para fazer uma nota excelente. E assim a brazilian storm manteve a bandeira verde e amarela fincada por mais um ano no coração do da indústria de surf norte-americana! Parabéns Brasil! Cuidado resto do mundo!

Comentários

Os comentários estão fechados.