O dia final do Oi Rio Pro voltou à Barrinha, onde as direitas estavam ainda melhores e muito mais rápidas que nos dias anteriores.
As condições estavam perfeitas para um surfista, Filipe Toledo, que tinha tudo para dominar a prova. E foi o que fez, começou por despachar Kolohe Andino nos quartos de final, eliminou o líder do tour, Julian Wilson nas meias, e na final encontrou o surfista mais improvável desta prova. O seu nome é Wade Carmichael, o rookie menos badalado da “turma”.
Não se esperava nada deste australiano, no máximo um resultado ou outro em ondas pesadas, nunca no Brasil. No entanto a prova brasileira de 2018 foi como nenhuma outra, teve ondas boas e pesadas até, e no último dia estava bom para este surfista de 26 anos fazer um statement. E foi o que fez.
Tudo começou com uma bateria contra um dos mais perigosos surfistas do tour, Gabriel Medina, que passou o heat a navegar dentro de muitos tubos que, se tivessem saída, seriam notas 10. Infelizmente para o campeão mundial de 2014, nem os tubos nem as tentativas de aéreos foram bem sucedidas, acabando com a miserável média de 3.16 pontos, enquanto que mesmo a nota mais fraca de Wade, que não ficou a contar no seu top2, seria suficiente para vencer o heat.
De seguida Carmichael eliminou mais um surfista em boa forma, Ezekiel Lau, encontrando o “super freak”, Filipe Toledo, na final. O derradeiro heat foi um passeio para o brasileiro, que manteve o seu recorde impecável de vitórias em finais. Com notas de 9.93 e 7.17 Toledo deixou o australiano combinado e voltou a posicionar-se como candidato ao título mundial. Pela sua vitória subiu 7 posições, passando a ocupar o segundo lugar do ranking e ficando a pouco mais de 1.000 pontos do líder, Julian Wilson.
O tour segue agora para Bali, onde se realiza o Corona Surf Open e o Margaret River Open.
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