No mesmo local em que Fábio Gouveia garantiu a primeira vitória brasileira numa etapa do circuito mundial do Havaí, o Hard Rock Cafe World Cup de 1991, Filipe Toledo vencia a que seria apenas a oitava vitória desta que é actualmente a maior potência do surf a nível mundial.

Gouveia venceu na “véspera” da divisão entre QS e CT e só 14 anos mais tarde, novamente em Sunset, é que a vitória se repetiu. O segundo a vencer foi Raoni Monteiro, que ao bater Julian Wilson, Granger Larsen e Josh Kerr na final do O’Neill World Cup (prova QS) garantiu o seu regresso ao Championship Tour.

O estatuto do surfista brasileiro já tinha mudado quando Adriano de Souza venceu o Billabong Pipe Masters de 2015, para conquistar o título mundial e fazer a final contra Gabriel Medina. Depois de décadas a lutar mais pela sobrevivência do que pelos títulos mundiais neste circuito, a Brazilian Storm, uma nova geração que acabaria por dominar por completo o tour, não se deixou intimidar com esta arena e nos anos que se seguiram Filipe Toledo venceu o Hawaiian Pro de 2017 em Haleiwa (prova QS), Gabriel Medina venceu o Pipe Masters de 2018 e Ítalo Ferreira o de 2019.

No início de 2020 foi a vez de Wiggolly Dantas também vencer em Pipeline, mas desta vez em formato QS. Recentemente Filipe Toledo venceu em Sunset, neste caso o Hurley Pro Sunset Beach, prova do Championship Tour. O seu adversário na final foi Griffin Colapinto, que também surfou bem, mas o campeão mundial em título estava implacável e tornou-se no único surfista brasileiro (na categoria masculina) a vencer duas vezes no Havai, saltando directamente para a segunda posição do ranking atrás de Jack Robinson.

Na categoria feminina a vencedora foi a australiana Molly Picklum, que bateu Caroline Marks para empatar com Carissa Moore na liderança do ranking. O circuito segue agora para Portugal, onde se realiza o MEO Rip Curl Pro Portugal, em Supertubos, Peniche.

Comentários

Os comentários estão fechados.