Foi em 2011 que Filipe Toledo venceu pela primeira vez um evento do US Open em Huntington Beach.

Na altura o jovem brasileiro era virtualmente desconhecido fora do seu país e chegou à final da etapa Pro Junior como “underdog” contra 3 surfistas muito mais “badalados” na altura e que hoje também fazem parte do Championship Tour, John John Florence, Kolohe Andino e Conner Coffin. Toledo “limpou” a final contra todas as expectativas e começou um historial naquele “landmark” do surf norte-americano que continua a crescer.

Em 2016 Filipe já surgiu como claro favorito à vitória e como não poderia deixar de ser, foi novamente o vencedor. Os quartos de final man-on-man, realizados no último dia e com ondas, novamente, de pouca qualidade, tinham alguns dos nomes mais impressionantes do momento. Filipe tinha do seu lado da grelha surfistas como Michel Bourez e Kanoa Igarashi e do outro lado vinha a grande sensação do momento, Ethan Ewing, Adriano de Souza e outros.

Já era expectável que Filipe fosse superior a Bourez nestas condições e apesar do tahitiano ter respondido bem, a vitória nos quartos de final foi brasileira. De seguida Toledo apanhou um dos poucos surfistas que parecia ser uma real ameaça, o local boy Kanoa Igarashi. Esperava-se uma grande competitividade tanto na água como na areia, locals VS Brasil, para ver quem teria capacidade de fazer mais “festa”. E o Brasil ganhou novamente ambas as batalhas, provavelmente ajudado pelo facto de Kanoa ter esperado muito para fazer uma primeira onda boa, passando grande parte do tempo em combinação. No fim Igarashi saiu da “combi” e mostrou potencial de atacar a liderança, mas seria pouco e tarde.

Entretanto Ewing e de Souza encontravam-se na outra meia final e foi o australiano que, apesar de não ter feito nada de “espectacular”, venceu com um ataque “cirúrgico” e super competitivo, pontuando o suficiente para saltar para o segundo posto do ranking de qualificação.

A final foi toda Toledo/Brasil, com muitos snaps layback abusados na água e muita festa fora, dando assim ao fenómeno de Ubatuba a sua terceira vitória ali (1 Pro Junior, 2 QSs).

Mas o QS 10.000 não foi a única categoria do Vans US Open of Surfing. Na etapa do Women’s Championship Tour a final foi 100% Kauai, com duas surfistas que nunca tinham vencido na elite, Malia Manuel e Tatiana Weston-Webb. Antes da final houve espaço para a liderança mudar de mãos novamente já que Courtney Conlogue foi parada nos quartos de final e Tyler Wright, a nova líder do tour, avançou até às meias.

Na final Tatiana mostrou-se superior desde o início mas Manuel, que venceu esta etapa aos 14 anos quando era uma etapa do QS, quase “roubou” a vitória na sua última. Felizmente, para Weston-Webb, não seria suficiente e assim garantiu a sua primeira vitória.

Entretanto o júnior europeu, Luis Diaz, fez história quando venceu a etapa Pro Junior, conseguindo a primeira vitória nesse evento para o velho continente e Caroline Marks venceu a categoria feminina.

 

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