Depois de uma das maiores interrupções entre rounds da história da ASP, o Billbong Pro Tahiti volta à água! Com o período de espera no limite “Louie” Egan não podia esperar mais e aproveitou as melhores condições dos últimos dias para fazer dois rounds.
Ondas de metro e meio, inicialmente com poucos tubos e muito inconsistentes era o que esperava os competidores das primeiras baterias. Fred Patacchia, logo no primeiro heat contra Mick Fanning, foi uma vítima do critério de julgamento e não das ondas. O havaiano, provavelmente pouco informado, ficou à espera dos tubos enquanto que Fanning ia capitalizando com manobras nos pesados lips de “chopes”. De facto os seus tubos não foram muito profundos mas ele andou lá dentro, que normalmente é o que interessa.
Patacchia ficou para trás mas os restantes competidores não se deixaram enganar e, mesmo quando começou a dar tubos com mais frequência, não deixaram as manobras no raso inside de lado. Se nos primeiros três heats foram eliminados três goofies, já no quarto heat isso era impossível pois tanto Miguel Pupo como Owen Wright pisam com o pé direito na frente.
Esse foi o primeiro heat bom do dia. Owen começou forte e combinou “migui”, mas o brasileiro perto fim virou o heat. No entanto nunca chegou a ouvir os comentadores a darem-lhe a liderança pois Owen virou novamente o heat a seu favor logo de seguida e segurou-a até ao fim.
O outra grande heat foi o de Kelly Slater contra o vencedor dos trials, Ricardo dos Santos. Slater surfou muito e dominou o heat desde o início. Mas Ricardo é um grande tube rider e nas suas últimas três ondas marcou 7.83, 8.47 e 9.87. O seu 9.87 foi nos últimos 10 segundos e aconteceu graças a uma secção inesperada que caiu no fim do tubo e, de repente, Kelly estava fora do campeonato!
Nesta fase ainda se destacam as performances dos dois Hogboods que são “matadores” nestas pico e mesmo com adversários de peso avançaram com facilidade.
O mar estava no seu melhor na quarta fase, um round não eliminatório. Mick Fanning foi o primeiro a vencer e a garantir um lugar nos quartos de final. Owen Wright também estava de olho num lugar nos quartos de final e fez o melhor tubo do heat 2. Mas CJ Hobgood ganhou a sua alcunha de “tubegood” neste pico e venceu com base na consistência. Na sua melhor onda deu um bom tubo e tentou um enorme “Slob” quase em cima do reef. Se tivesse aterrado, e ficou perto, teria sido um 10.
O primeiro 10 foi mesmo no heat seguinte ,cortesia de um “senhor” que fez dois 10 no mesmo heat em Teahupoo no ano passado, Jeremy Flores. “Mimi” arrancou deep e sem mãos debaixo da secção mais heavy do dia e recebeu a nota com muita justiça. Mas o seu back up não chegou aos 8 pontos e não foi suficiente para passar. Por sua vez Joel Parkinson deitou fora dois 8s altos e guardou 9s baixos para vencer o heat, deixando Damien Hobgood em terceiro.
Faltava um heat para acabar o dia mas isso não aconteceu sem outra nota 10. O suposto “rei do beach break e dos aéreos” mostrou que não é inferior em ondas perfeitas e derrotou dois “reis de pipe”, Kieren Perrow e John John Florence. A sua onda não era tão pesada como a de Jeremy mas “Gabe” andou o dobro da distancia e venceu o heat com facilidade!
O Billabong Pro Tahiti terá obrigatoriamente de acabar este noite (hora portuguesa) por isso não percas toda a acção em directo e a cores AQUI!
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