As performances dos surfistas portugueses nos dois primeiros dias do Reef Haleiwa Pro foram consideradas fora de série por muitos, mas eram apenas um “aquecimento” para o que estava a vir!

As ondas estavam com tamanho semelhante ao dia anterior mas com um pouco mais de vento. A diferença nas condições nada atrapalharam o primeiro português a competir neste 3º dia, Zé Ferreira. Logo para abrir a sua “contagem” Zé escolheu uma onda média mas perfeita e com duas rasgadas fortes e algumas batidas “sacou” a nota de 8.77. A partir daí só teve de gerir a bateria e mesmo tendo sido passado por Garrett Parkes conseguiu acabar à frente de Kalani David e do japonês Kaito Oashi, garantindo assim uma vaga no round 3.

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Nicolau Von Rupp competiu pouco depois, no segundo heat do round 3 contra Aritz Aranburu, Joan Duru e Kai Otton. Foi uma bateria um pouco mais parada que as anteriores. Tão parada que o surfista mais bem rankeado do heat, Kai, só apanhou a sua primeira onda a 7 minutos do fim, Otton bem tentou replicar o feito de Pancho Sullivan, que virou o seu heat nos últimos segundos, mas não conseguiu. Duru tinha disparado cedo na liderança enquanto que Nicolau fez um onda boa com duas “high speed turns” e trabalhou muito bem a sua segunda, com várias batidas fortes de backside e passou em segundo lugar!

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Vasco Ribeiro também tinha um heat duríssimo, contra três havaianos, Keanu Asing, Pancho Sullivan e Mason Ho. Talvez para evitar uma marcação Vasco “atacou” cedo e liderou a bateria de ponta a ponta. A sua primeira onda de consequência foi a segunda e as suas combinações de fortes carves e batidas no lip a projectar água para o ar garantiram-lhe uma nota de 7 pontos e pouco depois outra. Para carimbar o seu “passaporte” para o round 4 Ribeiro apanhou uma onda de set que tinha muitas secções pontuáveis mas era muito rápida. E foi aí que o surfista da Poça deu bom uso ao seu surf veloz, e fez uma combinação semelhante às das ondas anteriores recebendo assim uma nota excelente, 9.37. Keanu Asing, um surfista que está praticamente garantido no WCT de 2015, bem tentou agarrar a liderança mas não conseguiu melhor que o segundo lugar.

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O próximo a entrar seria Frederico Morais, contra Alejo Muniz, Connor Coffin e Miguel Pupo. Foi mais um heat em que todos os competidores fizeram notas excelentes mas os tops do WCT não conseguiram bater os “guerreiros do WQS”. Morais destacou-se com uma batida tail slide no lip, algo que se viu pouco neste dia e com mais algumas rasgadas garantiu na primeira metade do heat a nota de 8.17. Na segunda metade do heat apanhou uma onda de set e atirou-se directamente para o lip, dando imediatamente um “batidão” fortíssimo. Seguiram-se mais algumas rasgadas e um floater no fim e estava feita outra nota excelente, um 8.90 que lhe garantiu a vitória no heat com Connor em segundo lugar.

No último heat do dia estava Tiago Pires, o único português que ainda não tinha competido em Haleiwa. Saca assistiu de perto às performances dos seus conterrâneos e fez questão de os superar a todos, mostrando que ainda é o “capitão” da Armada Lusa. Tiago lembrou a sua performance de 2000 em Sunset, com bottom turns “à la Curren” seguidos de grandes rasgadas tipo “Sunny Garcia”. A combinação foi “letal” até para o “wonderkid” Filipe Toledo que acabou num distante segundo lugar. A sua melhor onda foi perto do fim, uma onda de set. Na primeira secção Saca deu uma curva impressionante totalmente de rail e a partir só precisou de surfar até ao fim para conseguir uma nota excelente (9.87) e a vitória!

E assim terminou mais um dia histórico para o surf português, com 5 em 5 sufistas ainda em prova! Acompanha os próximos dias de prova em directo AQUI!

 

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