Terminou de maneira surpreendente e impressionante o segundo QS.10.000 do ano, o Quiksilver Pro Saquarema. Nicolau Von Rupp foi o último “sobrevivente” entre os surfistas portugueses presentes em Saquarema. Nic fez um bom heat no round 2 contra Mikey Wright e Adam Melling, já que o japonês Hiroto Ohhara não conseguiu acompanhar e nunca saiu do quarto lugar. O surfista da Praia Grande estava numa boa posição para avançar mas a última onda de Melling foi a melhor do heat, 8.33, e foi “fatal” para o português que assim acabou em 3º lugar.
A prova continuou a avançar e no último dia as ondas quebravam com um metro nos sets e pouco vento, condições ideais para terminar o campeonato. Em jogo ainda estava, além do título da etapa, um wildcard para o WCT do Rio, o Oi Rio Pro, já que Jack Freestone, o principal candidato, perdeu no round 3 e deixou a porta aberta para lhe roubarem a vaga.
Chegados às meias finais apenas dois dos quatro surfistas podiam garantir a vaga mas tinham de vencer a prova. De um lado da grelha estava o surfista da Costa Rica Noe Mar McGonagle contra Alex Ribeiro e apenas Alex tinham hipóteses de passar os 11.950 que Freestone tinha amealhado. Noe era o favorito já que no round anterior mostrou que não ficava atrás de nenhum outro surfista na prova, batendo Cooper Chapman com ondas de 9 pontos. Mas o goofy, Alex, estava num pico de confiança fora do normal e surfou as esquerdas ao limite, garantindo um lugar na final.
Também o ex-campeão mundial júnior, Caio Ibelli, podia garantir a vaga se vencesse, mas primeiro precisava de bater o veterano do WCT Jeremy Flores. Caio começou com uma onda muito boa para a esquerda, surfada com rasgadas com muito power para conseguir a nota de 8.6. Infelizmente, para ele, Jeremy tinha feito uma onda antes de 8.8 e a seguinte foi ainda melhor, 9.37, deixando Ibelli a precisar de uma nota impossível de realizar com as ondas que apareceram no resto do heat.
A final foi um heat bastante parado no início. O brasileiro fez algumas ondas bem longas mas foi Flores quem fez a primeira nota excelente da final, 8.5. Para back up Jeremy foi pouco selectivo, apanhando várias ondas pequenas que lhe deram notas de 5 e 5.7, esta última suficiente para empatar o score de Alex, e liderar o heat. A segundos do fim Ribeiro tinha a prioridade e aproveitou-a bem. Na sua última onda deu várias manobras fortes, como rasgadões, batidas e um reentry, e conseguiu 8 pontos pelos seus esforços. E, contas feitas, ficou com a vitória na etapa e o wildcard no WCT! Foi mais uma grande vitória para o Brasil, a nova Superpotência do surf Mundial!
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