Depois de dois dias em que o vento não permitiu que a prova avançasse, o Guincho voltou ao seu melhor para o Billabong Pro Cascais e Cascais Women’s Pro.

A prova começou com ondas de meio metro, ainda um pouco afectadas pelo vento e picos múltiplos espalhados pelo line up. Vasco Ribeiro estava no primeiro heat e tinha como adversários Jesse Mendes, Alejo Muniz e Vicente Romero. O ex-campeão mundial júnior apanhou muitas ondas e surfou bem, sendo claramente o surfista mais explosivo do heat. No entanto as suas notas não saíram altas e, no fim, Jesse e Alejo e até, surpreendentemente, Vicente, passaram para as 3 primeiras posições, eliminando o português.

O restantes 4 portugueses ainda em prova só entrariam algumas horas mais tarde já que, ao fim de quatro heats a prova feminina voltou à água. Já com ondas cada vez maiores e melhores o grande destaque desta fase do Cascais Women’s Pro foi a eliminação de Sally Fitzgibbons, que não conseguiu responder à primeira onda de Malia Manuel e acabou eliminada. Talvez inspirada pela performance da sua companheira de viagem, também Coco Ho venceu o seu heat, batendo Lakey Peterson. Mais cedo Johanne Defay dominou o seu heat contra Laura Enever, enquanto que Sage Erickson derrotou Alessa Quizon.

Com os quartos de final decididos, uma fase que irá ter grandes implicações na disputa pelo título mundial feminino, esta etapa do Championship Tour voltou a parar, dando lugar aos restantes heats do round 2 masculino.

Frederico Morais foi o primeiro surfista luso a competir da parte da tarde e rapidamente fez duas direitas com várias manobras fortes. Isso garantiu o segundo lugar atrás de Hizunome Bettero durante algum tempo, mas Ítalo Ferreira não demorou a atacar a sua posição. Uma direita com três manobras fortes foi suficiente para roubar a posição de Frederico por muito pouco e “Kikas” ainda fez uma esquerda com várias rasgadas e uma boa finalização mas faltou parede para fazer as manobras que precisava para chegar à nota de 5.61, o que ditou a sua eliminação.

No heat seguinte mais um português seria eliminado. Pedro Henrique tinha como adversários três nomes de peso e apesar de ter feito bom surf ficaram a faltar ondas com potencial para fazer o 7.6 que precisava no fim, acabando assim em quarto lugar atrás de Caio Ibelli, Brett Simpson e Tanner Hendrickson.

Pouco depois Marlon Lipke apostou em surfar mais a sul que os outros competidores, onde as esquerdas eram mais longas, mas desta vez não teve sucesso. Os seus adversários fizeram notas fortes, surfadas à frente dos júris, e no fim foi Tanner Gudauskas quem venceu, seguido de Connor O’Leary e ainda William Cardoso, enquanto que Marlon ficou a precisar de uma nota de 8.56.

Ficou assim com Tomás Fernandes a pesada responsabilidade de salvar a honra da “Armada Lusa”, mas não era uma tarefa fácil. Os seus adversários eram surfistas com muita experiência e usaram-na para escolher ondas melhores a dominar a bateria. Fernandes foi muito selectivo mas não conseguiu transformar as suas ondas em notas altas e acabou também eliminado atrás de Tom Whitaker, Tomas Hermes Evan Geiselman.

O maior destaque do dia foi um surfista brasileiro que parece estar “on a mission”. Ian Gouveia encontrou o caminho para as vitórias e está a ser um dos grandes destaques da perna europeia. No heat 17, Gouveia simplesmente destruiu, fazendo três ondas acima dos 8 pontos e deixando surfistas como Jack Freestone e Kiron Jabour em combinação.

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