Cerca de 12 dias depois do primeiro round do Quiksilver Pro Gold Coast entrar na água, foi a vez do segundo (round) se estrear. Apesar da expectativa ser grande as ondas continuavam bastante medíocres e quatro dos cinco primeiros heats não tiveram grande história.

Em todos eles as ondas, que não passavam o meio metro com pouca força, escassearam e o top seed usou toda a sua competitividade para aproveitar as secções mais levantadas e encaixar algumas manobras no pocket. Dane Reynolds, Jack Freestone e Ricardo Christie (wildcard, vencedor dos trials e rookie) mostraram-se pouco preparados para surfar Snapper nestas condições e perderam para Fanning, Slater e Burrow. Dane levou uma prancha muito pequena e simplesmente não se conseguiu “soltar”, excepto na sua terceira (e última) onda e mesmo assim acabou a precisar de uma nota excelente.

Já Jack Freestone foi muito selectivo e deixou passar uma onda que Slater transformou no seu back up e o heat, dadas as longas pausas que haviam entre os sets, foi perdido logo nos primeiros 10 minutos. Por sua vez Christie, que já provou no free surf que é um excelente surfista, mostrou que ainda tem muito a que se adaptar se se quiser manter no WCT.

O primeiro bom heat veio depois da pausa que se fez para deixar passar a maré cheia e defrontava Kolohe Andino e Jeremy Flores. O ano que passou foi de grandes confrontos e decisões difíceis para Jeremy, tenha sido contra adversários ou contra a própria WSL. O francês conseguiu manter-se no tour apesar de uma suspensão que teve a meio do ano mas as “mazelas” mantêm-se. Andino e Flores disputaram o heat onda a onda, e parecia ser o veterano quem iria avançar, graças a um poderoso carve na melhor onda que apanhou. Nos últimos minutos Andino precisava de 8.43 para virar o heat a seu favor e quando apanhou uma onda bem formada, deu alguns cutbacks e terminou com um snap layback na junção, recebendo a nota que precisava com 0.3 de sobra. A postura de Jeremy mostrou que não concordou com a nota mas desta vez optou por ser politicamente correcto e guardar a sua raiva para o próximo evento.

O melhor surfista do dia foi alguém de quem se esperava pouco, Owen Wright. Não há duvidas sobre o seu nível de surf, que é digno de disputar um título mundial, mas com a sua “anatomia” e a falta de força que as ondas apresentavam, não era o favorito no seu heat contra o rookie Keanu Asing. Mas o goofy australiano mostrou que está mesmo em grande forma e simplesmente destruiu de backside em ondas que nem os “mini groms” iam surfar bem! Resultado, Keanu começa a carreira no WCT com uma derrota no round 2 e Wright coloca-se como um dos favoritos à vitória.

Outra surpresa neste dia foi o rookie Wiggolly Dantas que surfou com muito power para bater Kai Otton, que fez um grande erro ao deixar uma onda passar quando tinha prioridade que acabaria por ditar a sua derrota.

Com o round 2 termino também a prova acabou e seguramente dentro de horas haverá mais acção!!! Acompanha tudo em directo!

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