Mesmo com algumas derrotas, o quarto dia do Azores Airlines Pro, prova QS 5.000 e 3.000 a contar para os rankings masculino e feminino, foi especial para portugueses, que se mostraram como favoritos à vitória final.
As ondas baixaram um pouco em relação ao dia anterior, mas o pico parece ter ficado ainda melhor, proporcionando boas esquerdas e algumas direitas de um metro aos competidores. A prova começou com a categoria masculina e logo no primeiro heat estavam dois portugueses, Francisco Almeida e Pedro Henrique, contra dois surfistas que se tinham destacado muito no dia anterior, Marc Lacomare e Luis Diaz. Não era um heat fácil mas Pedro e Francisco conseguiram dominar, o primeiro com o seu belíssimo surf de frontside e o segundo com um backside bem “sharp” nas esquerdas, enquanto que Lacomare teve algumas oportunidades de virar o resultado mas não as aproveitou bem. Pouco mais foi a vez de Vasco Ribeiro se soltar novamente nas esquerdas, vencendo a bateria com um par de notas altas, deixando o inglês Patrick Langdon-Dark num distante segundo lugar. Infelizmente Guilherme Ribeiro e Guilherme Fonseca tiveram que se despedir da prova, no caso do surfista da Caparica, Gui, por muito pouco.
A prova parou com a maré cheia, mas regressou algumas horas mais tarde com a categoria feminina, que também tinha várias representantes nacionais. Logo no primeiro heat Francisca Veselko mostrou uma forma incrível, garantindo cedo as duas melhores notas do heat, um 6.33 conquistado numa direita bem trabalhada e um 7.33 numa esquerda onde a surfista de Carcavelos bateu forte numa secção muito pesada. A verdadeira disputa foi pelo segundo lugar, principalmente entre Maud le Car e Yolanda Hopkins. A algarvia surfou melhor mas ficou a faltar mais uma secção manobrável numa das suas ondas para garantir a qualificação para a fase seguinte e acabou por ser eliminada.
Teresa Bonvalot dominou o heat seguinte, mostrando talvez o melhor surf de frontside para a esquerda da prova feminina. Batidas, rasgadas e alguns snaps bem críticos foram as suas armas para vencer o heat, apesar de ter sido a alemã Rachel Presti quem fez a melhor nota. Duas portuguesas estavam no último heat da fase, que acabou de ser o mais parado de toda a fase. A veterana francesa Pauline Ado não teve que fazer muito mais que surfar com consistência as suas duas primeiras ondas para vencer o heat, enquanto que Mafalda Lopes, mesmo sem repetir a façanha do dia anterior, fez o suficiente para ficar apenas 0.03 pontos atrás, passando assim em segundo, com Hina-Maria Conradi em terceiro e Carolina Mendes em quarto a precisar de apenas 4.91.
Contas feitas, foi um grande dia de competição para o surf nacional, que chega às fases finais com alguns dos favoritos à vitória. Acompanha a evolução desta prova AQUI!
Heats com portugueses
Round de 16
Heat 1 | Pedro Henrique x Adur Amatraian x Charlie Martin x Patrick Langdon-Dark
Heat 2 | Maxime Huscenot x Francisco Almeida x Vasco Ribeiro x Timothee Bisso
Prova feminina
Round de 16
Heat 1 | Francisca Veselko x Rachel Presti
Heat 2 | Maud Le Car x Teresa Bonvalot
Heat 3 | Janire Gonzalez Etxabarri x Mafalda Lopes
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