O tour de 2016 da WSL está a ter um arranque de ano excelente, com boas ondas e muito bom surf no dia 6 do Quiksilver e Roxy Pro Gold Coast.
Podes visualizar todos os heats e as melhores ondas AQUI, mas a ONFIRE “separou” 6 destaques deste dia de prova.
1 – Johanne Defay é uma força da natureza! Sem patrocínios os patrocínios e sem o hype de outras figuras de topo no tour a surfista da Ilha Reunião tem conseguido grandes resultados e neste dia de prova mostrou que ainda tem muito por onde crescer. No seu primeiro heat deste dia, no round 4, Defay “limpou” a sua melhor amiga, Bianca Buitendag, deixando-a em combinação durante a maior parte do heat. Mas foi no heat seguinte, contra Tatiana Weston-Webb que deixou tudo de boca aberta. A precisar de apenas 2.07 para passar para a frente, Johanne atirou-se a uma junção com um reverse “nosepick” (aka Club Sandwich), uma manobra que mesmo no tour masculino só uma mão cheia de surfistas sabem fazer. Ao acertar a manobra garantiu uma presença nas meias finais e arranca o ano com uma posição garantida no top4.
2 – Afinal Kolohe Andino não está no Championship Tour apenas para fazer número. O filho de Dino qualificou-se muito cedo para a elite do surf mundial e apesar de ter sido “programado” para ser campeão, as performances não estavam a acompanhar. Em 2014 tudo parecia ter mudado mas o seu “momentum” não passou para o ano seguinte. Na Gold Coast mostrou que está pronto para passar para o nível seguinte. Com grandes combinações de surf de rail e manobras progressivo, Kolohe virou um heat muito competitivo nas suas duas últimas ondas no round 4 para garantir o seu melhor desde Setembro de 2014, um 5º lugar (ou melhor se continuar a avançar).
3 e 4 – Os rookies Conner Coffin e Kanoa Igarashi foram eliminados, mas superaram expectativas. Não é invulgar um surfista na sua primeira presença numa etapa do Championship Tour tirar um bom resultado, principalmente se estivermos a falar de wildcards. Mas a estreia como membro do CT é um campeonato à parte. Claro que houve surfistas, como por exemplo Adriano de Souza e Bobby Martinez, que fizeram meias finais na sua primeira prova, mas a grande maioria, e esse “espectro” começa em Kelly Slater e passa por nomes como Andy Irons, Joel Parkinson, Taj Burrow e até Tiago Pires, vai crescendo gradualmente. Conner e Kanoa não foram ao “8 nem ao 80” e além de terem mostrado bom surf, principalmente Coffin, começam o ano com 9ºs lugares.
5 – Stuart Kennedy já não pode ser considerado um “tomba gigantes”. Kennedy é agora um “gigante” também e, sem dúvida, um dos surfistas mais em forma nesta etapa. Este australiano está a quebrar barreiras e a provar que, se calhar, muitos surfistas do tour têm quivers “conservadores”. Stu usa pranchas de uma espécie de cientista maluco do mundo do shape, Daniel “Tomo” Thomson, que agora trabalhar para Kelly Slater. “On Point” é um adjectivo muito utilizado para descrever o seu surf neste evento e não podia ser mais adequado. O “substituto” passa agora a ser um candidato à vitória!
6 – O tour é um sítio melhor com uma “raposa velha” e Adrian Buchan parece estar a encarnar essa “persona”. “Ace” raramente usa as manobras progressivas do seu repertório para pontuar mas a sua técnica apurada e competitividade chegam para bater a maioria dos surfistas no tour. Isto poderá perfeitamente traduzir-se numa disputa pelo título ou posição no top8 muito em breve!
Acompanha o próximo dia de prova em directo AQUI!
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