Nem o facto de ter sido visto um tubarão na véspera do início da prova impediu que o round 1 do Drug Aware fosse à água logo no primeiro dia do período de espera. O campeonato começou com a prova feminina e os destaques entre os 9 heats realizados da prova masculina foram os seguintes:

Ítalo Ferreira começou menos bem o ano na Gold Coast e recuperou em Bells. Mas foi em Margaret River que mostrou que está num nível muuito acima acima de 75% dos surfistas do Championship Tour. Na sua bateria contra Kanoa Igarashi e Jack Robinson esteve muito tempo em 3º lugar mas, em 90 segundos tudo mudou e a vitória ficou a parecer fácil. Se mantiver este nível de competitividade durante o resto do ano poderá perfeitamente disputar o título mundial já em 2016.

Pela terceira etapa consecutiva Caio Ibelli não venceu no round 1, mas mostrou surf de top10, que é onde se encontra no ranking. O brasileiro fez uma das melhores ondas do dia e vai ser ainda mais perigoso para os seus adversários se o mar aumentar ou passar para The Box.

No mesmo heat de Caio estavam Matt Banting e Nat Young. O norte-americano, Young, era o veterano do grupo e provou que surfa “no critério”. O seu backside é fortíssimo e em momentos lembra Occy pela maneira como sai do bottom e ataca as secções. Mas não foi nada em comparação com o tipo de surf que Banting e Ibelli fizeram, ambos com um approach muito mais moderno, arriscado e radical, mas que não convenceu tanto os júris, o que os deixou cair para a repescagem.

Gabriel Medina está em 22º lugar no ranking mas é capaz de ser o maior adversário que o líder do circuito tem pela frente. Mick Fanning, o mais “crónico” candidato ao título dos últimos anos, vai estar fora a maior parte do ano, Slater parece ter perdido o seu “mojo”, Toledo também pode demorar a recuperar da sua lesão e, tirando talvez Adriano de Souza, nenhum outro surfista do tour mostrou ter a competitividade e ritmo para chegar a número 1. É provável que o campeão mundial de 2014 estrague uma prancha por cada heat no main break, mas basta continua a repetir a formula do round 1 para vencer a prova.

O “winning streak” de Matt Wilkinson continua. No caminho para Margaret River as suas pranchas “mágicas” foram danificadas pela companhia aérea mas o dono da lycra amarela não se deixou atrapalhar e manteve o ritmo das etapas passadas. O seu backside continua soltinho e mesmo para a esquerda consegue pontuar bem. Um bom resultado nesta etapa pode garantir a liderança por, pelo menos, mais 2 ou 3 etapas!

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