O dia 1 do MEO Rip Curl Pro Portugal teve a sua dose de acção apesar das ondas nunca terem acertado como se previa. No fim do dia já 6 surfistas estavam “despachados”, entre eles 2 portugueses, e o próximo dia promete será muito importante para diversas “campanhas”. Fica com os 3 destaques da ONFIRE para o arranque da mais importante prova de surf em ondas Europeias…
1 – A disputa pelo título está bem viva e é provável que não acabe em Portugal. Tanto Gabriel Medina como Julian Wilson mostraram estar bem acima da média nesta prova e mesmo Filipe Toledo poderá a qualquer momento meter a “mudança acima” e encostar-se aos restantes top3. Gabriel mostrou o “jogo” mais completo da prova e Julian tem na manga os voos que usou para ganhar em França. No entanto Toledo apenas precisa de passar mais um heat e a taça de campeão mundial de 2018, que tem estado em exposição desde a conferência de imprensa, terá que ser enviada para Oahu. Mesmo assim cada bateria que qualquer um dos três passe em Portugal terá enormes implicações nesta “batalha”.
2 – A Portuguese Storm não está a ter a sua melhor campanha mas esteve muito perto de ainda ter os seus três surfistas em prova. Nenhum dos três fez o seu melhor surf no round 1 mas no segundo a qualificação esteve muito perto para os dois wildcards. Miguel Blanco chegou a liderar o heat e, com as condições que estavam, tinha tudo para passar. Infelizmente para ele, Owen Wright descobriu uma esquerda “milagrosa” e aos poucos foi recuperando a vantagem. O português respondeu bem mas ficou a faltar mais uma secção em cada uma das suas duas melhores ondas para ter acabado na frente. Vasco Ribeiro ficou ainda mais perto de passar sua bateria contra Wade Carmichael. Os dois passaram grande parte do heat a surfar em picos diferentes até que o surfista de São João do Estoril decidiu, e bem, juntar-se ao australiano. No último minuto Ribeiro usou bem a sua prioridade numa direita onde encaixou um snap a projectar muita água e um carve na secção final. A precisar de apenas 4.07 a nota poderia ter dado para qualquer lado, parecendo, à primeira vista, que seria suficiente para virar o heat. Infelizmente para Vasco a nota saiu 0.14 pontos abaixo de ser requisito e acabou eliminado. Sobra Frederico Morais que terá como adversário o mesmo surfista que o derrotou na etapa passada, Yago Dora. O brasileiro voador usou um dos seus aéreos incríveis para vencer o heat em Hossegor, um resultado que muitos (portugueses) discordaram. As ondas dos Supertubos beneficiam ainda mais Morais que as da etapa passada, uma vantagem que convém sair a seu favor já que uma derrota prematura nesta etapa o poderá colocar fora dos 22 primeiros do tour.
3 – Ryan Callinan continua na sua campanha de sonho. Há cerca de três semanas o poderoso aussie já contava com um bom resultado no QS, uma vitória no Japão, mas andava a deslizar (para baixo) no ranking a cada etapa, sendo a sua qualificação para o CT algo cada vez mais dúbia. Mas a partir da sua vitória em Ribeira D’Ilhas tudo mudou. Numa só prova Ryan conseguiu a qualificação para o tour, recebeu um wildcard para o Quik Pro France e quase venceu a prova, acabando em 2º lugar. Nos Supertubos mostrou novamente que é um dos melhores, vencendo no round 1 com destaque e agora terá a oportunidade de fazer um grande favor ao seu amigo Julian, derrotar Medina no round 3. Será que consegue?
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Heats por realizar do round 2
Heat 7: Adriano de Souza x Joan Duru
Heat 8: Sebastian Zietz x Matt Wilkinson
Heat 9: Jeremy Flores x Michael February
Heat 10: Griffin Colapinto x Patrick Gudauskas
Heat 11: Ezekiel Lau x Connor O’Leary
Heat 12: Yago Dora x Frederico Morais
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