Press release:

A Federação Portuguesa de Surf (FPS) e a Associação de Escolas de Surf de Portugal (AESDP) enviaram uma carta aberta ao Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, ao Presidente da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues e ao Primeiro-Ministro António Costa, na qual apelam para a “reabertura, faseada e controlada, da atividade de ensino das modalidades de deslize em ondas” [surfing].

A FPS e a AESDP assumem-se como representantes da vertente desportiva do “surfing” em Portugal, aliando aos seus interesses aos da Associação Nacional de Surfistas (ASN) e World Surf League (WSL), coprotagonistas com a FPS na campanha de “regresso ao mar” que assinalou o fim da interdição do surf no confinamento em Maio do ano passado.

A experiência do ano passado é, aliás, invocada como exemplo bem-sucedido e garantia de um regresso em confiança à atividade do ensino do “surfing”, podendo-se ler no documento enviado às entidades e assinado pelo presidente da Direção da FPS, João Jardim Aranha e pelo presidente da Direção da AESDP, João Diogo Pinto dos Santos:

“O voto de confiança que este subsector recebeu da parte do Governo, tendo sido uma das primeiras atividades a reabrir após o primeiro confinamento, foi retribuída com uma definição clara de regras e comportamentos adotados por estes operadores, que assim demonstraram uma grande resiliência e capacidade de prestar os seus serviços em segurança, facto comprovado pela ausência de surtos originados no contexto das Escolas de Surf.”

A própria natureza dos desportos de deslize, individuais e praticados ao ar livre é também invocada pela FPS e AESDP, que referem no documento: “A própria natureza destas modalidades, praticadas ao ar livre, em meio aquático e não implicando qualquer contacto entre praticantes, além de representar um reduzido risco de contágio, consiste também num enorme benefício para o bem-estar e para a saúde física e mental de quem as pratica”, acrescentando: “ De reforçar ainda o papel das Escolas e Treinadores de Surf como autênticos guardiões das praias, determinantes na prevenção e segurança marítima, tendo-se traduzido ao longo das últimas décadas em inúmeras vidas salvas no mar e comprovando a importância da sua presença nas praias.”

Depois de somar a estes fatores, o facto de, aquando o regresso à atividade, o ano passado, não terem sido registados quaisquer surtos relacionados com o “surfing” e, mais especificamente, com o trabalho das escolas, o documento conclui: “Estamos absolutamente conscientes da importância do confinamento para a redução dos contágios e controlo da propagação do vírus, comprovada pelo contexto mais animador em que nos encontramos ao dia de hoje. Desejamos que seja tida em consideração a importância da nossa atividade para a segurança nas praias, bem como para a saúde mental e bem-estar da população, permitindo uma retoma faseada assim que o Governo considere seguro dar início ao igualmente necessário desconfinamento.”

 

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