Tim Patterson é mais um dos “grandes” do shape mundial que tem passado regularmente no nosso país. Este shaper de San Clemente é cada vez mais reconhecido entre quem conhece de pranchas e são vários shapers que o chamam de “o guru”. A ONFIRE “apanhou” Patterson recentemente na fábrica da Polen e não deixou de lhe fazer umas perguntas!

Timmy, quantas vezes já estiveste por cá?
Eu acho que é a sexta vez!

Tens conseguido fazer surf, no meio de tantos shapes?
Não, sempre que chego fico com jet lag durante três ou quatro dias. Nunca me escapo a isso. Então tenho descansado mais e trabalhado mais.

Houve alguma grande mudança recente no mundo do shape?
Para ser honesto, não (risos). O que tenho notado aqui, desde a primeira vez que vim, são algumas mudanças a nível de outline eum pouco mais de espessura.

Trouxeste alguns modelos novos este ano?
Sim, o trouxe um modelo que é a X2 e a Spud. Basicamente têm outlines mais cheios, e a ML-2 com um tail mais “cheio” e vee bottom a sair do tail. São modelos já testados e provados e com menos rocker no nose que os modelos anteriores. São pranchas que há um par de anos ninguém iria querer surfar com elas e agora é o que estão a pedir. Temos andado a descobrir os shapes que realmente funcionam e depois refina-se.

Quando chegas a um país como Portugal, onde não estás a trabalhar na tua fábrica, apesar de já conheceres bem… Achas que as pranchas saem com a mesma qualidade que na Califórnia?
Estou muito impressionado como trabalho que se está a fazer aqui. Ainda não vi muitas outras fábricas mas nesta (Polen) vê-se que se “perde” muito tempo a garantir que as coisas ficam bem feitas, como acontece na minha fábrica na Califórnia. Fico contente por ver que as pranchas ficam como é suposto. Um laminador pode fazer ou estragar uma prancha se não tiver cuidado. Aqui até se faz pormenores no acabamento que os meus laminadores na Califórnia não fazem (risos)!

Onde tens shapado mais além da Califórnia e Portugal?
Bali, vou voltar lá este verão. Há muita procura lá. Há muitos viajantes e está tão caro viajar com pranchas que passou a ser uma boa opção comprar no local! Há uma fábrica que vai convidando shapers conhecidos e produz-se muitas pranchas!

A tua fábrica é perto de Trestles, como é quando o circuito mundial passa por lá? Vê-se muitas novidades?
Sim, passa por lá tudo mas é curioso porque de tempos em tempos vês coisas novas mas mais do que isso vês coisas que olhas e dizes, “ei, eu fiz isso no ano passado”, ou há dois anos. É engraçado ver que o que sai dali, daquela zona que chamamos a “shapers alley” (beco dos shapers), onde está a minha fábrica e muitas outras como a …Lost e cia, volta para lá, fazendo um ciclo completo!

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