Frederico Morais foi um dos grandes destaques dos rounds 2 e 3 do Rip Curl Pro Bells Beach. É natural que todos os meios de comunicação de surf em Portugal tenham destacado o acontecimento mas a sua prestação foi tão impressionante que todos os grandes sites de surf a nível mundial fizeram algum tipo de menção sobre os seus heats.

Fica com uma compilação do que alguns dos sites de maior expressão no meio do surf escreveram sobre a performance do português….

Surfline/Nick Carroll
Início da tarde, Frederico Morais compete contra o formidável Gabriel Medina. Mas, apesar de ser formidável, Gabriel não tem um lugar cativo nesta aparentemente secular perna australiana e esta é a sua hipótese.

 Aqui está a história. Desde há algum tempo, o Gabriel tem tido o seu percurso facilitado nas primeiras trocas de ondas, aquele período breve em que a prioridade não existe e está tudo em aberto. Istso é o resultado das épicas jogadas táticas no início da sua careira. Quem poderia esquecer quando fez Kolohe Andino remar até ao fundo de Teahupoo em 2014, o ano do seu título mundial?

Bem, provavelmente qualquer pessoa que não é surfista profissional, ou dramático como eu. Continuando, a questão é que toda a gente agora o deixa em paz e ele habituou-se a esse luxo.

Então Frederico e o seu treinador, Richard “Dog” Marsh, têm uma conversa antes do heat. “Olha”, diz Dog, um veterano de muitas disputas de remada nos anos 80, “Ninguem se tem metido com o Gabriel no início. Tu podes não ganhar por causa disso, mas podes crer que o vais abalá-lo”.

“Yeah, yeah,” diz Frederico.

“Mas se o vais fazer, tens de o fazer BEM. Ficas sempre no inside, nem olhas para o teu relógio,. Sentas-te até ele quebrar.”

“Yeah!” Diz Frederico.

E é exactamente isso que ele faz. Fica com o inside de Gabriel, segura-o e ignora-o completamente, até que vem uma pequena onda e Gabriel quebra e tenta apanhá-la. Fred muda de posição e segura o inside até que uma onda rebenta em cima deles e os dois acabam a flutuar na espuma.

O segundo ponto saliente é, Gabriel não conseguiu que fosse feito à sua maneira. E funcionou. Num certo pânico, ele rema para uma onda pequena e deixa Frederico com uma onda do set – um 8.77 que basicamente decide o heat.”

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Stab
No primeiro resultado surpreendente do dia, Frederico Morais superou Gabriel Medina no heat um do round três. O frontside do rookie português estava em sintonia com as longas direitas de Winki, onde ele subiu secções e rasgou até conseguir 8.77 e 5.17 e uma média de 13.94. Com 6.00 e 7.57, Gabriel precisava de pelo menos 6.38 para passar Frederico. Algo que teria chegado perto de fazer caso não tivesse caído na aterragem de uma grande rotação de backside.

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SURFER
Só posso imaginar o que o Gail Couper* teria dito se tivesse subido a colina e observasse o início do heat do round 3 de Gabe Medina contra o rookie português Frederico Morais.

O par saltou para a água e quase deu a volta a Bells, numa tentativa de ficar com a prioridade. Eles chegaram até ao Winki Button, uns bons cem metros da zone do take off, antes de pararem, a competitividade a ferver furiosamente. O treinador do Fred, Dog Marsh, tinha sugerido que o fizesse, sabendo bem que Gabe não poderia resistir. Quando voltaram ao verdadeiro local do take off e alguem apanhou a primeira onda, um terço do heat já tinha ido por água abaixo. Numa situação normal, Gabe ganhava o heat mas ele estava tão desnorteado pela estratégia que, enquanto via Fred do line up, Gabe virou as costas e o set do dia limpou a baía a partir de Bells e aterrou na sua cabeça. A sua miserável campanha em Bells seguia, mas esta foi por sua culpa.”

*Nota de redacção – Gail Couper era uma surfista local dos anos 50 e 60.
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