Depois de um primeiro dia sem ondas, o round 1 do Billabong Pro Tahiti arrancou com ondas de metro e meio e raros sets maiores.
A manhã começou lenta, muito lenta, na Polinésia Francesa, tão lenta que no primeiro heat do dia Dusty Payne não apanhou uma única onda, Ryan Callinan apanhou duas (média total de 3.27) e Jordy Smith apanhou quatro, mas dessas apenas uma tinha potencial para uma nota média mas essa apenas suficiente para vencer o heat.
Teahupoo é assim, lento em determinadas marés e principalmente quando as condições estão pequenas para o que estamos habituados a ver. Mas, com o decorrer do dia, a famosa esquerda foi melhorando substancialmente, oferecendo várias ondas e oportunidades em cada heat, e quase que se podia dizer que então sim, o Billabong Pro Tahiti estava ON.
Se em Teahupoo já é verdade que a experiência conta à séria, então em dias destes de pouco swell ainda mais esta regra se aplica. E não é por isso de admirar que os suspeitos do costume tenham vingado… Não todos mas quase.
Kai Otton, Medina, JJ Florence, Slater, Jeremy Flores e Kolohe Andino eram grandes potenciais vencedores dos seus heats e assim foi. Destaque do dia vai para John John Florence que fez a melhor média do round 1, 18.40, graças a dois tubos em pé e sem mãos naquelas que só podem ter sido as bombas do dia.
Como esperado, Slater foi o outo grande nome a roubar as atenções, não só porque não há ninguém no planeta que não queria ver a mestria do amerciano nesta onda, mas também por Slater ter feito a sua magia no seu tubo de 9.00, uma daquelas ondas que cai placa atrás de placa e Slater vai brincando com as acelerações e travagens para passar o máximo tempo mais fundo possível e sair. Bourez ainda batalhou mas Slater saiu vitorioso.
As supresas mas ao mesmo tempo não surpresas foram Bruno Santos, Sebastian Zietz, Ace Buchan e Adam Melling. O primeiro, Santos, o wildcard, todos sabem do que é capaz, já venceu aqui uma etapa após vencer os trials, e se o colocamos nesta lista é apenas porque defrontava o camisola amarela do momento, Matt Wilkinson.
Sebastian Ziets enquadra-se por não se ter qualificado para o tour mas está a “corrê-lo” desde o dia 1 devido a várias lesões de atletas que aqui deviam estar. Mas depois de ter já vencido uma etapa este ano, de se ter provado em todas as outras – é actualmente nº10 do mundo -, e de sabermos que vem de um dos sítios onde tubos pesados são o prato do dia, Hawaii, acaba então por não ser uma surpresa.
Buchan é exímio em Teahupoo e uma das nossas escolhas para este evento, e se é uma (infima) surpresa é apenas porque competia com Parkinson no heat que é, em qualquer lugar do mundo, um nome raro de perder no primeiro round.
Melling talvez seja a real supresa pois defrontava um dos mais rápidos surfistas do mundo a ganhar respeito internacional em ondas deste tipo, Wiggolly Dantas. No heat tinha ainda Filipe Toledo, que apesar de todos sabermos que é neste tipo de ondas que o brasileiro tem o seu calcanhar de Aquiles, é sempre perigoso pois é capaz de tudo. Melling sabe obviamente dar tubos mas vencer contra estes dois nomes é sem dúvida excelente.
O Billabong Pro Tahiti deverá estar ON esta noite e podes assitir aos heats do round 2 (que estão em baixo) ao vivo AQUI.
Round 2 Billabong Pro Tahiti
Heat 1: Matt Wilkinson x Hira Terrinatoofa
Heat 2: Adriano de Souxa x Alex Ribeiro
Heat 3: Michel Bourez x Keanu Asing
Heat 4: Julian Wilson x Ryan Callinan
Heat 5: Caio Ibelli x Matt Banting
Heat 6: Filipe Toledo x Jadson Andre
Heat 7: Wiggolly Dantas x Alejo Muniz
Heat 8: Joel Parkinson x Jack Freestone
Heat 9: Josh Kerr x Stuart Kennedy
Heat 10: Nat Young x Davey Cathels
Heat 11: Dusty Payne x Connor Coffin
Heat 12: Kanoa Igarashi x Miguel Pupo
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