Com a eliminação de Adriano de Souza na primeira metade do round 3, Toledo e Fanning tinham uma oportunidade de ouro para “roubar” a lycra amarela do líder do ranking. Mas o melhor dia de prova na WSL do ano (até agora) parecia ter um roteiro diferente preparado.

As revelações começaram a aparecer logo na segunda metade do round 3, já realizada no dia 9 do período do Fiji Pro. Antes de Fiji, Gabriel Medina ainda tinha mostrado o seu melhor surf mas no round 1 deste evento o campeão da etapa e do circuito parecia estar de volta. O seu adversário no round 3, Kai Otton, era inferior a si, mas sempre imprevisível. Foi um heat bastante equilibrado e Kai fez uma das suas melhores exibições do ano, combinado alguns tubos com snaps de rail abusados. No fim Medina estava a precisavar de uma nota de 7.7, um score bastante acessível para a sua habilidade. Nenhuma das ondas que apanhou tinha potencial para fazer a nota mas Gabriel estava determinado em fazer o que precisava de qualquer maneira. Na sua antepenúltima onda estava a caminho de o fazer mas caiu num potente carve e ficou com 6 pontos, e com a derrota.

Dois heats depois a história repetiu-se com Filipe Toledo. Numa batalha apertada contra Adam Melling o jovem brasileiro teve uma oportunidade de transformar uma onda medíocre na nota que precisava. Depois de uma batida e um forte snap tentou um floater arriscado no inside e caiu, ficando com a nota 4.37 quando precisava de 5.07. E assim caiu mais um candidato ao título.

As ondas começaram a ficar ainda maiores e melhores e o round 4 foi uma fase onde se surfou algumas das melhores ondas do ano até agora. Julian Wilson recuperou o seu ritmo e aproveitou para deixar Slater e Taj combinados logo no primeiro heat. Wiggolly Dantas também se colocou como candidato à vitória ao vencer mais um heat, apesar de ter sido o mais fraco da fase. Joel Parkinson marcou a primeira nota 10 do campeonato com um tubo que mais parecia Teahupoo do que Cloudbreak e com mais uma nota excelente bateu Owen Wright e Mick Fanning, que também fizeram ondas incríveis. E para terminar a fase Jeremy Flores mostrou que a “nuvem negra” que o perseguia no ano passado já se dissipou e o resultado foi uma combinação sobre os aussies Otton e Melling.

As ondas continuavam perfeitas, apesar do forte vento que já se fazia sentir, e o round 5 foi para a água. E se há um round em que Slater fica vulnerável é esse, perdendo num heat de notas baixas para o rookie Ítalo Ferreira. De seguida Taj Burrow eliminava Dane Reynolds e entravam na água dois australianos que têm dado cartas em Fiji, Owen Wright e Adam Melling. Adam fez mais um bom heat e acabou a sua participação com um tubo pesado que lhe deu a nota de 9.7. Mas Owen estava noutro nível e fez história ao conseguir um heat perfeito, o sétimo de sempre na WSL. Owen começou com uma nota de 8.93, seguiu-a com dois 10 e ainda fez um 8.77 perto do fim. As suas notas perfeitas foram alguns dos tubos mais impressionantes não só deste dia (e ano) mas da história do circuito! E para terminar a fase em grande Kai Otton batia mais um candidato, Mick Fanning.

No fim deste dia os únicos surfistas do top12 que se mantinham em prova nos quartos de final eram Owen Wright, Julian Wilson, Taj Burrow e Ítalo Ferreira. Os primeiros dois têm ao seu alcance uma grande oportunidade de se lançarem na disputa pelo título caso vencam a etapa! O Fiji Pro deve voltar à água dentro de horas, acompanha tudo em directo AQUI!

https://www.youtube.com/watch?v=Pjat_q4OikU

Comentários

Os comentários estão fechados.