Apesar de ainda estarem em prova oito surfistas, no “papel” havia quatro grandes candidatos à vitória, sendo que apenas um deles passou às meias finais e nenhum à final.

O Sata Airlines Azores Pro começou “com calma” apesar de não se ter esperado muito pelo início da prova para não arriscar a entrada de ventos mais fortes. Mais uma vez um metro quebrava sobre os bancos de areia da lindíssima Praia de Santa Barbara, um beach break que pode ser considerado um dos mais consistentes do nosso país.

Os quatro candidatos principais estavam espalhados por cada um dos quatro heats dos quartos final, permitindo que só se encontrassem na meias. Kolohe Andino era um deles e esperava nem ter de competir para avançar para as meias pois o seu adversário, Alejo Muniz, além de estar lesionado já estava qualificado para o circuito de 2014. No entanto a raça deste surfista não permitiu que o norte-americano passasse sem se esforçar e não só compareceu ao heat como deu muita luta. Mesmo assim Andino conseguiu superá-lo fazendo uma pequena “vingança” da derrota na final do US Open e assim avançou para as meias.

Já os outros três favoritos não conseguiram dar continuidade ao embalo de Kolohe e todos perderam. O campeão desta etapa de 2011 provou que esta numa das melhores formas da sua carreira e “limpou” heat atrás de heat até aqui. No entanto Adam Melling não concordava com esse favoritismo e eliminou-o, dando assim mais um passo em direcção à permanência no WCT.

A maior “pazada” da fase estava reservada para Filipe Toledo que ia aproveitar todos os lips e cada “pedaço” de ventinho que entrasse para voar de todas as maneiras e sentidos. Isso não se materializou, Tomas Hermes foi simplesmente superior e avançou para as meias finais.

Para terminar o vice-campeão do ano passado Wiggolly Dantas mostrou neste campeonato mais uma vez uma forma incrível mas isso acabou nesta fase em que foi destruído pelo potente australiano Mitch Crews.

Nas meias finais as surpresas continuaram, Kolohe Andino parecia estar pronto para fazer a sua segunda final Prime consecutiva mas uma onda surfada na perfeição por Adam Melling perto do fim do heat foi “fatal” e garantiu-lhe um lugar na final. Tomas Hermes fez o mesmo derrotando Mitch Crews num heat mais fraco que o anterior.

A incrível caminhada de Tomas Hermes, que conseguiu entrar nesta prova no limite do seeding, continuou na final pois o brasileiro simplesmente ignorou o estatuto de Melling e conseguiu a primeira grande vitória da sua carreira. Pelo seu esforço Tomas subiu 92 lugares no ranking e encontra-se em 34º lugar no ranking, a escassos pontos de entrar na “bolha da qualificação”.

Esta etapa mexeu bastante no ranking combinado e vários surfistas portugueses fizeram uma ligeira subida. Marlon Lipke continua a ser o melhor surfista português no ranking (90º lugar) seguido de Frederico Morais (96º), Nicolau Von Rupp (111º), Vasco Ribeiro (131º), Zé Ferreira (133º) e Tiago Pires (143º)!

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