Onde estão as ondas que Ballito mostrou em 2009 e 2011? Foi nesses anos que este pico, até aí pouco conhecido, mostrou todo o seu potencial em provas da WSL, provando que é uma das “pérolas” do tour. Mas tirando esses anos as ondas raramente tem estado boas e 2015 está a revelar-se ser mais um ano abaixo das expectativas.

As ondas não passavam de um metro com algum vento e a maré também não estava a ajudar neste primeiro round do main event. Marlon Lipke foi o primeiro português a entrar, no heat 7 contra Tanner Hendrickson, Noe Mar e Alex Ribeiro. Lipke apanhou uma das primeiras ondas do heat e deu alguns snaps mas as secções eram muito moles e não deram qualquer oportunidade de fazer manobras mais fortes. Enquanto esperava por outra onda boa os seus adversários foram pontuando forte e aumentaram bastante o requisito. Marlon não baixou os braços e apanhou mais algumas ondas mas nenhuma que desse para soltar o seu potente backside, sendo eliminado a precisar de uma onda excelente.

Logo no heat seguinte entrou Tomás Fernandes e inicialmente parecia que ia na mesma direcção que o algarvio. As suas primeiras ondas além de serem fracas em potencial foram surfadas sem grande expressão, fazendo lembrar a sua prestação na etapa de Saquarema há pouco tempo atrás. Nesse campeonato o surfista da Ericeira surfou abaixo do seu nível e do que se espera por quem compete a esse nível. Entretanto, de volta a África do Sul, os seus adversários começaram a pontuar forte e tendo em conta que eles eram Jordy Smith, Granger Larsen e Brent Dorrington a qualificação parecia muito difícil.

Até que apanhou duas ondas com parede e mostrou o seu melhor surf. Uma das suas ondas fortes foi de apenas duas manobras mas foram fortíssimas e no lip. Na outra conseguiu dar alguns carves fortes e “conectar” mais manobras com agressividade, o que lhe garantiu a média de 15.33, uma pontuação que seria suficiente para passar todos os heats (menos um) deste dia de prova. O havaiano de Maui, Granger, tinha também uma onda excelente a contar mas não seria suficiente para o passar, enquanto que Dorrington fez uma onda excelente no fim e passou para a frente. Larsen e Smith deram tudo nos últimos minutos mas não seria suficiente, o que permitiu que Tomás e Brent seguissem em frente. Foi sem dúvida uma excelente prestação de Fernandes e se continuar assim poderá chegar longe nesta prova.

Pouco depois a maré encheu mais e a prova parou, deixando os outros 4 surfistas portugueses à espera do próximo dia de prova para se estrearem no Ballito Pro. Acompanha o próximo dia em directo AQUI!

Heats com portugueses:
Round 1
Heat 12 | Italo Ferreira x Beyrick de Vries x Vasco Ribeiro + Flavio Nakagima
Heat 18 | Jesse Mendes x Nathan Hedge x Evan Geiselman x Zé Ferreira
Heat 19 | Stu Kennedy x Michael Rodrigues x Nicolau Von Rupp x Hiroto Ohhara
Heat 24 | Jadson André x Frederico Morais x Nate Yeomans x Jack Robinson

Round 2
Heat 3 | Keanu Asing x Tanner Hendrickson x Joan Duru x Tomás Fernandes

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