O terceiro dia do Allianz Ericeira Pro foi o que teve as melhores condições de toda a prova. O vento praticamente parou e o tamanho do mar manteve, o que só contribuiu para que os competidores em prova nas fases finais fizessem do melhor surf de todo o campeonato.
Os quartos de final man-on-man começaram com dois heats incríveis e o primeiro defrontava dois dos surfistas que residem mais perto do pico, Tiago Pires e Gony Zubizarreta. O galego quase “roubou” o heat com a última onda, um 7.4 como back up da sua onda de 8 pontos. Mas Saca tinha 8.5 e 7.1, o que deixou Gony eliminado por uma diferença de 0.2.
A bateria seguinte foi claramente uma das melhores de toda a prova pois tinha dois dos surfistas que mais gostam de surfar nesta onda e que mais sucesso tiveram em provas em Ribeira D’Ilhas. Vasco Ribeiro abriu com uma onda de 8.5 enquanto que Tomás Fernandes na sua segunda fez 9 pontos, o que só confirmou a expectativa que havia para este heat. Entretanto Fernandes ficou com um back up de 7 pontos enquanto que Ribeiro atacou com uma das melhores ondas da prova, que lhe deu a nota de 9.6 e a vitória.
No heat seguinte foi Francisco Alves quem abriu melhor, com uma onda de 6.25, mas Zé Ferreira terminou com as suas duas melhores ondas. No fim o surfista da Caparica apenas precisava de 5.31 para virar o heat mas apenas conseguiu 4.75 e foi eliminado.
Para terminar a fase Marlon Lipke acionou o seu backside incrível para bater o surfista mais jovem ainda em prova na categoria masculina, Jácome Correia.
As meias finais femininas viram Camilla Kemp a ser derrotada por Carol Henrique, enquanto que Yolanda Hopkins fez um dos grandes upsets do evento ao eliminar Teresa Bonvalot.
Seguiram-se as meias finais masculinas que defrontavam os dois surfistas mais perigosos da prova, Tiago Pires e Vasco Ribeiro. O ex-campeão mundial júnior era o grande favorito mas Tiago mostrou que não é à toa que fez que a carreira que fez. Na sua segunda onda Saca fez alguns carves fortes e alternou com uma manobra fortíssima no lip e um tail slide poderoso na parede. A nota saiu com 9.6 pontos e apesar de Ribeiro ter respondido com uma onda de 8 pontos, seria pouco, já que o seu manager ainda fez mais uma onda de 8.65 para vencer o heat.
Zé Ferreira e Marlon Lipke fizeram um heat muito equilibrado, mas o surfista do Guincho foi um pouco mais forte, fazendo algumas das melhores combinações de manobras da prova e venceu mais um heat.
Na final feminina Yolanda Hopkins ameaçou virar o resultado no fim do heat, mas não foi suficiente, e Carol Henrique fechava com uma onda de 8 pontos, garantindo que começava o circuito como acabou o ano passado, em primeiro lugar.
Depois foi a vez de Tiago Pires dominar o heat com as suas duas primeiras ondas. Zé Ferreira não parou de atacar e fez ondas de 7 e 7.65 mas Saca, que tinha começado com 7.65 e 8.1 e acabou com uma de 8.5, mostrando que continua a ser o alpha male em Ribeira D’Ilhas, vencendo mais uma prova.
Seguiu-se ainda a final do MOCHE Groms Cup, que começou com uma onda muito forte do surfista local, Gabriel Ribeiro. Apesar de ter feito um bom back up, Gabriel não conseguiu segurar o primeiro lugar, que acabou nas mãos de Guilherme Ribeiro que apenas fez três ondas mas duas delas foram excelentes. Joaquim Chaves acabou em 3º lugar, João Vidal foi quarto, Tomás Lacerda quinto e Rodrigo Lebre em 6º.
A próxima etapa da Liga MEO Surf será o Renault Porto Pro, entre 12 e 14 de Maio na Praia de Matosinhos.
Comentários