Depois de um primeiro dia com fracas condições, o Allianz Ericeira Pro começou mais uma vez cedinho, e com uma visível melhoria nas ondas. Apesar disso os competidores dos primeiros heats apanharam as ondas mais fracas do dia e muitos recorreram a pranchas mais largas que o habitual para aproveitar melhor as longas direitas de Ribeira D’Ilhas. Isso obrigou a que muitas das manobras fossem feitas mais com o fundo da prancha que o habitual, mas à medida que a prova foi avançando também o mar melhorou e permitiu outro tipo de surf aos competidores.

Nos primeiros três heats viu-se muito bom surf mas foi no quarto que Frederico Morais “dilatou” as médias com algumas rasgadas mais de rail e um aéreo reverse bem abusado, mantendo o estatuto de favorito.

De resto a manhã de surf foi pouco expressiva, sendo que a maior parte dos favoritos avançaram. Uma das mais surpreendentes eliminações foi a de Filipe Jervis perante Tomás Fernandes e Miguel Mouzinho. O algarvio. Mouzinho, foi quem mais surpreendeu ao aproveitar muito bem uma das melhores ondas que apareceram. Dois grandes floaters no outside, seguido de duas batidas e algumas rasgadas deram para receber 7,5 dos júris e liderar a bateria. No fim Tomás apanhou uma onda que abriu bem no inside e roubou a liderança enquanto que Jervis perdeu mais cedo do que nos habituou no passado.

Com o fim desta fase iniciou-se a prova feminina e de imediato Ana Sarmento lembrou a todos que nesta onda será sempre uma das favoritas à vitória. Outra local, Carina Duarte, também venceu o seu heat, tal como outra “front runner” no heat 4, Camila Kemp. Mas quem mais se destacou foi Teresa Bonvalot, provando que tem um surf de backside equiparado ao incrível surf de frontside que fez na Caparica há menos de um mês.

Seguiu-se o round de 16, onde se realizaram quatro heats com médias altíssimas e com a qualificação disputada quase sempre até ao fim. As condições estavam no seu melhor do dia e os melhores surfistas do país souberam aproveitar bem as longas direitas com muita parede. Que o diga Luca Guichard que apanhou uma das “bombas” e com uma série de rasgadas potentes, batidas e floaters fez a nota do dia, 9.25 (podes ver essa onda AQUI). Mesmo assim Vasco Ribeiro conseguiu equiparar-se à ocasião e fez o seu melhor surf até aqui no Allianz Ericeira Pro, vencendo a bateria e deixando João Kopke e Ruben Gonzalez eliminados.

De seguida Frederico Morais parece ter vivido um certo déjà vu da etapa do ano passado. Kikas posicionou-se mais no outside e foi bastante selectivo, ficando muito tempo à espera de onds. Entretanto Gony Zubizarreta também teve o seu déjà vu, mas do surf que apresentou no ano em que fez a final de um WQS de 6 estrelas nesta praia. Curvas de rail sem qualquer quebra, grandes batidas e até snaps layback para terminar deram-lhe a incrível média de 17,5 e uma vitória destacada. Miguel Blanco, que foi um dos responsáveis pela eliminação de Morais no ano passado, mostrou o aproach mais “no pocket” de toda a prova e disparou na segunda posição. Frederico ainda tentou virar a bateria, com uma onda bem surfada nos últimos minutos e um aéreo arrojado perto do toque da buzina, mas foi pouco e tarde. Com esta derrota Kikas poderá perder a liderança do circuito.

Zé FerreiraFrancisco Alves foram superiores aos seu adversários no heat seguinte, avançando numa bateria em que a maré cheia começou a afectar qualidade o surf. E para terminar o dia Tomás Fernandes apenas teve de repetir a formula que usa no dia a dia, quando treina nesta onda. Surfou mais no inside mas isso foi suficiente para vencer o heat, enquanto que Marlon Lipke e Justin Mujica disputaram a segunda vaga taco-a-taco! Justin foi mais explosivo mas Marlon soube “espremer” melhor as suas ondas e passou por uma diferença de 0,05.

Assim terminou este segundo dia o Allianz Ericeira Pro, deixando os quartos de final man-on-man masculinos para o último dia de prova, assim como as meias finais femininas. Acompanhas todas as novidades em www.onfiresurfmag.com e a prova em directo AQUI!

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