Pelo segundo dia consecutivo a última etapa da Liga MEO Surf de 2019, o Bom Petisco Cascais Pro, começou cedo, inicialmente com alguns heats com ondas difíceis, que horas mais tarde se tornavam praticamente épicas.

Nas primeiras fases o destaque foi a eliminação de Tomás Fernandes, que foi uma sombra de si próprio, acabando por ser eliminado por Jácome Correia e Francisco Alves no round 2. Ainda nessa fase os destaques foram, mais uma vez, Vasco Ribeiro e João Kopke e ainda Henrique Pyrrait, Sidney Guimarães e Guilherme Fonseca.

A acção começou a aquecer a sério no fim do round 3, que foi quando começaram a aparecer secções mais ocas. O primeiro grande tubo do dia foi de Ivo Cação, que na primeira onda fez logo 9 pontos. Jervis também começou bem e fez outro grande tubo, recebendo 9.25 e com um back up de 6.35 venceu a bateria. Cação não conseguiu uma segunda onda melhor que 1.5 pontos, deixando João Kopke “roubar-lhe” a segunda posição, acabando em 3º lugar a precisar de apenas 2 pontos para segundo.

Na bateria seguinte, o primeiro quarto de final man-on-man, Luís Perloiro defrontava um dos surfistas mais em forma do evento, Vasco Ribeiro, que vinha a fazer médias muito altas desde a primeira fase. Mais uma vez Vasco impôs um ritmo de surf muito alto, procurando mais as ondas com secções manobráveis que os tubos, acabando com uma média que seria suficiente para vencer quase todos os heats realizados neste dia. Mas Perloiro tinha começado o confronto com uma nota sólida e, depois de fazer um longo tubo para a esquerda, o melhor do campeonato, recebeu uma nota de 9.75 e venceu a bateria.

Logo de seguida Jácome Correia mostrou um ritmo competição muito bom, vencendo mais um confronto entre gerações contra Francisco Alves, que tinha feito uma excelente prova até aí mas que acabou a precisar de fazer a melhor nota do campeonato para virar o heat, algo que não aconteceu. Depois foi a vez de mais um local de Carcavelos, João Kopke, mostrar não só o seu bom surf mas o seu conhecimento local para bater Sidney Guimarães com bons tubos e a segunda melhor média da fase.

O último heat dos quartos de final tinha o título do circuito em disputa pois, caso Miguel Blanco perdesse, Tomás Fernandes ficaria com o título. Miguel tinha o perigoso Filipe Jervis como adversário, que começou com uma nota de 7 pontos, graças a um tubo para a direita. Jervis tentou mais alguns tubos mas foi Blanco quem levou o heat, com duas ondas com manobras fortes, mantendo-se na disputa por um título que seria seu se passasse a sua próxima bateria.

As meias finais pareciam dividas por gerações, o primeiro tinha Luís Perloiro e Jácome Correia e o segundo Miguel Blanco e João Kopke. Jácome surfou muito ao longo da prova mas teve que se contentar com o seu segundo 3º lugar consecutivo, já que Perloiro garantiu a sua primeira presença na final com notas de 6.50 e 7.25. Depois foi a vez de Blanco e Kopke disputarem a outra vaga na final e, no caso do surfista de São Pedro do Estoril, o título nacional. Foi uma grande disputa, uma das melhores da prova mas no fim Blanco foi superior, sagrando-se campeão nacional.

Entretanto também a prova feminina avançou e foi a campeã nacional, Yolanda Hopkins, quem fez o melhor surf, vencendo a bateria com notas de 7 e 8.50 enquanto que Carol Henrique, Teresa Bonvalot e Mafalda Lopes também seguiram para as meias finais.

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