Depois de vários dias “de gala” o Billabong Pro Tahiti fechou com a chave de ouro, um dia absolutamente épico de surf. Terá sido o melhor campeonato de surf de sempre? Essa pergunta foi colocada várias vezes ao longo do dia e no início Kelly Slater ainda mencionou o mítico Rip Curl Pro Search, que Andy Irons venceu no México, mas ao fim de alguns heats esse campeonato parece ter sido destronado!

Este dia do Billabong Pro Tahiti é possivelmente o recordista no que toca a notas excelentes (entre os 8 e 10 pontos) e muitas delas ficaram de fora dos dois melhores scores de cada heat. Na verdade as pontuações pareciam secundárias uma vez que foram vários os heats a serem decididos por décimas. Em análise estava basicamente a performance dos surfistas nas duas melhores ondas, sendo as médias adaptadas em função destas.

Assim se explica a resolução final tanto da final como da segunda meia final, em que Slater e Florence empataram em pontos, sendo que o 11x campeão do mundo acabou na frente. Será possível analisar se o somatório das duas ondas de Slater foram 0,01 melhores que as de John John?

Mais cedo neste dia vimos duas tentativas de Tiago Pires de repetir a “magia” do dia anterior, mas a sintonia com os tubos não foi a mesma e acabou eliminado por Kolohe Andino. Foi este “renovado” Kolohe, que de repente encontrou o seu ritmo competitivo e tem tirado grandes resultados consecutivos, quem se juntou a Medina para fazer o momento mais caricato do dia.

Os dois, que são dos mais novos surfistas do tour, têm desenvolvido uma certa rivalidade entre eles e decidiram disputar a prioridade da primeira onda até ao limite. Andino parecia farto de ver Medina a “disparar” sempre na primeira onda e decidiu não lha dar. Gabriel foi atrás e os dois remaram até uma parte do reef em que não é possível apanhar ondas. Ao fim de 10 minutos nenhum tinha feito qualquer onda mas não tiveram direito a “restart” pois o chefe de júris considerou que entraram ondas boas mas os surfistas falharam no posicionamento. Assim este heat de tempo reduzido foi mais uma vez vencido pelo brasileiro, que nesta prova não encontrou adversários.

Chegado à final “Gabe” mostrou-se mais uma vez imparável e mesmo Slater teve de aceitar a derrota. Não é a primeira vez que um surfista brasileiro venceu em Teahupoo mas foi a primeira vez que “o Brasil” venceu em ondas pesadas no WCT, mais um grande marco conseguido por Medina. E com os pontos que juntou com esta vitória, tudo indica que no final do ano vai dar mais uma grande alegria ao seu país!

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