Entre os últimos oito surfistas em prova havia alguns que eram claros favoritos à vitória, mas nenhum deles conseguiu chegar à final. As ondas desceram mais um pouco e tornaram as disputas ainda mais justas que no dia anterior e tudo parecia indiciar uma final Jordy Smith VS Julian Wilson.
Ambos estão em grande evidência no circuito principal e são muito fortes neste tipo de condições, mas os seus adversários tinham outras ideias. Jadson André continuava em modo “tomba gigantes” desde a etapa francesa e em duas ondas consecutivas conseguiu notas de 8 pontos, deixando o “gigante” sul africano a precisar de uma combinação até ao fim do seu heat dos quartos de final.
Julian avançou mais, chegando às meias finais após eliminar o “Spartan” Michel Bourez. Mas nas meias encontrou um adversário regularmente subestimado, que lhe “trocou” as voltas, Stuart Kennedy. Stu já foi “prata da casa” de uma das maiores marcas do meio, com direito a wildcards em provas do WCT, mas actualmente tem o bico em branco o que o obriga a trabalhar nas obras quando não há eventos Prime. Este surfista destacou-se também por usar shapes invulgares, algo que muitos surfistas evitam usar em competição. Nesta etapa apareceu com uma “vulgar” Firewire, e parece ter resultado bem. Perto do fim do seu heat contra Julian, Stu fez duas ondas surfadas bem no crítico e passou para a frente, eliminando assim o seu conterrâneo.
Entretanto, do outro lado da grelha, Jadson André “despachava” Wiggolly Dantas que, com este resultado, praticamente garantiu-se no WCT de 2015. Na final o brasileiro mostrou-se muito superior, tanto de backside, com pauladas verticais consecutivas, como para a esquerda, surfando com uma velocidade acima da média. Isso garantiu a vitória pelo segundo ano consecutivo na etapa portuguesa e a liderança do ranking enquanto que Kennedy subiu 48 posições no ranking, passando a ocupar o 22º lugar do ranking.
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