Começou pelas 10:30 da manhã, em Carcavelos, a primeira edição do Boonman Air Show. Este evento, realizado apenas em um dia, reuniu os mais progressivos surfistas do país que disputaram entre eles a vitória onda a onda.
As ondas não passavam do meio metro e o vento on-shore fez-se sentir durante toda a prova, o que acabou por ser positivo pois proporcionou alguma secções perfeitas para os aéreos.
E era mesmo isso que os competidores precisavam de fazer para passar os seus heats, já que as manobras acima do lip eram obrigatórias para pontuar. Além de servir para passar heats, cada competidor recebia um prémio financeiro por cada aéreo que acertava, incentivando assim os surfistas para tentarem grandes “voos”.
Logo no primeiro heat do dia Filipe Jervis mostrou ser um grande favorito à vitória final, acertando um aéreo reverse “no grab” de frontside e ficando muito perto de completar outros aéreos abusados. Zé Ferreira repetiu a manobra de Jervis, mas de backside e ambos seguiram para as meias-finais.
Logo de seguida João Guedes foi o melhor do seu heat acertando também dois bons “voos”, um com rotação para reverse e outro “simples”, também de frontside. Também Vasco Ribeiro conseguiu dar um aéreo de backside alto e controlado, enquanto que o Miguel Blanco não conseguiu encontrar uma “rampa” e tornou-se na eliminação mais surpreendente do round 1.
Depois seria a vez de João Kopke, Francisco Alves, Justin Mujica e Edgar Nozes lutarem por duas vagas nas meias finais. Justin foi durante muitos anos o mais progressivo surfista do nosso país enquanto que Edgar Nozes nunca teve problemas em acertar manobras aéreas na Praia de Carcavelos. No entanto apanharam uma hora em que a maré estava menos boa e não conseguiram completar nenhum aéreo, apesar de Justin ter ficado muito perto de o conseguir nos últimos segundos. Por sua vez, Kopke e Alves acertaram uma série de air reverses e, no caso de Alves, um alley oop, avançando com distinção.
Para terminar esta fase Frederico Morais tinha uma prestação semelhante à de Vasco Ribeiro duas baterias antes, passando o heat apenas com um aéreo enquanto que Eduardo Fernandes provava que sempre foi muito forte neste tipo de manobras, e venceu com dois aéreos.
A primeira meia-final foi talvez o heat com mais acção de toda a prova. João Guedes não conseguiu repetir a performance da fase anterior e ficou em quarto lugar enquanto que Jervis, Ribeiro e Ferreira deram muito trabalho aos júris ao completar com sucesso com vários aéreos. A diferença entre os três foi que um dos aéreos de Zé Ferreira não teve rotação e foram Jervis e Vasco quem passou para a final.
Francisco Alves mais uma vez acertou os seus alley oops, para praticamente garantir uma vaga na final. Depois de fazer mais um aéreo reverse deixou Frederico Morais, Eduardo Fernandes e João Kopke a lutar pelo último lugar na final. Frederico Morais foi quem se safou melhor por ter voado mais alto num aéreo reverse.
Entre as meias e a final foi realizada uma Xpression Session que foi vencida pelo talentoso açoriano Jácome Correia, com um bom voo de backside com rotação para reverse.
Na final Frederico Morais foi o primeiro a acertar um bom aéreo, seguido de Filipe Jervis que tentou alguns dos aéreos mais abusados de todo o campeonato, desde stailsfish a slob reverse. Vasco Ribeiro e Francisco Alves ficaram um pouco para trás, apesar de Vasco também ter ficado a um aéreo de disputar o primeiro lugar. No final os júris tiverem de avaliar a dificuldade das manobras de Morais e Jervis e, apesar de ter sido Filipe quem deu mais aéreos e quem recebeu mais prize money, Frederico Morais terminou como o grande vencedor da final.
Depois da entrega de prémios realizou-se um churrasco, a “cereja no topo do bolo” neste que se tornou num dos eventos mais “good vibes” e divertidos dos últimos tempos!
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