Com a diminuição do número de etapas do circuito de qualificação os 3.000 pontos que o Martinique Surf Pro oferecia tornaram-se mais relevantes. Isso fez com que um forte contingente de surfistas de nível mundial aparecesse na ilha Martinica e entre os 16 que “sobreviveram” para o último dia estavam dois portugueses.

Vasco Ribeiro e Frederico Morais “chamaram Ribeira D’Ilhas” às direitas de Basse Pointe, e fizeram estragos. Vasco foi o primeiro dos dois a competir, contra Aritz Aranburu, Lucca Mesinas e Slade Prestwich, no heat 3 do round de 16. Foi uma bateria muito equilibrada, apesar do português não ter apanhado as melhores ondas. Mas o seu “aproach” explosivo, sempre a atacar o lip com projecção, renderam-lhe notas de 5.27 e 6.57, que lhe garantiram um segundo lugar atrás de Prestwich, apesar dos ataques constantes de Aritz e Lucca.

De seguida competiu Frederico, que fechava o round contra Luke Hynd, Evan Geiselman e Patrick Gudauskas. Morais foi dominante do início ao fim, vencendo a bateria com grande vantagem. Os seus “arcos” deram-lhe notas de 7.83 e 8.03, deixando o adversário mais próximo, Hynd, a precisar de 9.03 para passar para a frente. 2vr

Na fase seguinte, os quartos de final man-on-man, os dois portugueses calharam no mesmo heat e foi uma das melhores baterias de todo o campeonato. Estes dois surfistas têm tido bastantes confrontos semelhantes ao longo das suas carreiras e mesmo sendo amigos são grandes rivais dentro de água. “Kikas” abriu o heat com uma nota de 8.67, uma onda de set que abriu “down the line” e lhe deu espaço para encaixar vários carves. Vasco respondeu com quatro ondas fortes, conseguindo nas duas melhores 7.70 e 7.17, o que lhe deu a liderança. Morais respondeu com uma nota de 9.5, deixando o seu adversário combinado. Nada mudou até ao fim do heat e foi Frederico quem avançou, com a melhor média de toda a prova. A média de Ribeiro também foi alta e tinha chegado para vencer quase todos os heats da prova, mas nesta ocasião só lhe garantiu um honroso 5º lugar.

3KM

Na fase seguinte Frederico repetiu a dose e bateu mais uma vez Luke Hynd, garantindo assim uma posição na final. Do outro lado da grelha vinha Gony Zubizarreta que, ao bater Deivid Silva na primeira meia final, repetiu a repetição do confronto da mais recente etapa da Liga MOCHE, na Costa da Caparica.

E, tal como no Allianz Caparica Pro, Frederico Morais foi campeão. Gony fez um par de notas de 7 pontos, mas o português tinha um 7 mais alto e uma nota de 8.93, graças a um forte reentry numa onda de set e alguns carves. No fim o galego residente na Ericeira ficou a precisar de uma nota de 9.36, e Morais saiu da água como campeão.

1KM

Pela vitória o surfista do Guincho recebeu 3.000 pontos no ranking e lança-se na luta pela qualificação para o championship tour de 2017!

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